Avaliação do hábito intestinal em pacientes com câncer que utilizam morfina para o controle da dor
AUTOR(ES)
Marmo, Michela Cynthia da Rocha, Caran, Eliana Maria Monteiro, Puty, Fabiola Castelo Branco, Morais, Mauro Batista de
FONTE
Rev. dor
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-09
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Há poucos dados na literatura sobre constipação intestinal secundária ao uso de morfina em pacientes com câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar o hábito intestinal de pacientes com câncer em uso de morfina. MÉTODO: Estudo prospectivo, não aleatório, realizado no período de fevereiro a novembro de 2007. Todos os pacientes tinham câncer, idade superior a quatro anos e utilizavam morfina para o controle da dor. Após 24h do início da morfina os pacientes receberam laxantes. A avaliação do hábito intestinal foi realizada através de um questionário estruturado. Quando necessário, foi realizado desimpactação das fezes por via retal ou oral. RESULTADOS: Foram admitidos 22 pacientes com câncer e idade entre cinco e 35 anos (média 16,7 anos), dos quais 63,6% estavam em cuidados paliativos. Na primeira semana de uso morfina e lactulona, 40,9% dos pacientes ficaram constipados. Na segunda e terceira semanas, a constipação ocorreu em 38,8% e 16,6%, respectivamente. Com o tratamento adotado foi possível controlar o quadro de constipação em 50% dos casos. CONCLUSÃO: A constipação intestinal foi frequente; entretanto, a atenção específica ao hábito intestinal destes pacientes aumentou a adesão aos laxantes e reduziu a formação do fecaloma.
ASSUNTO(S)
constipação intestinal dor morfina neoplasia
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