Avaliação do caráter oxidante da violaceína / Avaliação do caráter oxidante da violaceína / Avaliação do caráter oxidante da violaceína
AUTOR(ES)
Angélica Maria de Sousa Leal
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/09/2011
RESUMO
A violaceína é um pigmento violeta isolado de várias espécies de bactérias gram-negativas, especialmente da Chromobacterium violaceum, uma betaproteobactéria encontrada no rio Amazonas, no Brasil. Diversas atividades biológicas já foram descritas para este pigmento e dentre elas destacam-se a antibacteriana, antifúngica, tripanocida, antileishmaniose, anti-úlcerogênica, antiviral e antitumoral. Apesar de uma atividade antioxidante in vitro ter sido sugerida, a atividade pró-oxidante também já foi observada especificamente em duas linhagens tumorais e parece ser dependente de mecanismos específicos para cada linhagem. Nesse sentido, os efeitos citotóxicos e próoxidantes da violaceína foram investigados em células normais e tumorais buscando-se avaliar a ocorrência de diferentes respostas celulares. A análise da citotoxicidade da violaceína indicou que células CHO-K1 foram mais resistentes ao composto em relação às tumorais HeLa. Quanto às enzimas do aparato antioxidante, observou-se um aumento significativo na atividade da SOD intracelular nas linhagens CHO-K1 e MRC-5. Porém, houve uma diminuição na atividade enzimática especificamente nos tratamentos com 6 e 12 M nas linhagens MRC-5 e HeLa. Interessantemente, o aumento na atividade da SOD não foi acompanhado pelo aumento concomitante na atividade da catalase. Em relação aos biomarcadores de estresse oxidativo, níveis elevados de proteínas carboniladas e hidroperóxidos de lipídio foram observados em células CHO-K1 e MRC-5 quando tratadas respectivamente com 1,5-3 μM e 3 μM de violaceína, indicando que o pigmento apresenta efeitos pró-oxidantes especificamente nessas concentrações. Adicionalmente, acredita-se que a acentuada queda na viabilidade celular observada em células MRC-5 e HeLa tratadas com 6-12 μM de violaceína se deve a outros mecanismos não relacionados à geração de estresse oxidativo propriamente dita. Os resultados obtidos em cultura de células sugerem também que a violaceína induz estresse oxidativo por elevação dos níveis endógenos de O2 , visto a ocorrência de uma significativa alteração nos níveis de atividade de SOD. Em adição, com o objetivo de avaliar o caráter antioxidante in vitro da violaceína na ausência de um sistema biológico celular, a capacidade antioxidante total e a atividade de quelação férrica do pigmento foram avaliadas, de forma que atividades antioxidantes foram detectadas a 30 e 60 μM de violaceína. Frente aos resultados obtidos, apesar do desencadeamento do estresse oxidativo após a incubação com violaceína, este parece não ser suficiente para causar danos significativos aos componentes e estruturas celulares em células HeLa e apenas em concentrações específicas de pigmento para CHO-K1 e MRC-5, dentro das condições avaliadas. Por fim, os resultados confirmam que violaceína apresenta caráteres oxidantes opostos quando na presença ou ausência de um sistema biológico, além de que o caráter antioxidante só se dá em concentrações elevadas do pigmento.
ASSUNTO(S)
violaceína potencial oxidante da violaceína atividade das enzimas do aparato antioxidante biomarcadores de estresse oxidativo. bioquimica violacein oxidant potential of violacein activity of enzymatic antioxidant apparatus biomarkers of oxidative stress.
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