Avaliação da toxicidade aguda do extrato das cascas de Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr.
AUTOR(ES)
Lima, C.M.P., Soares, R.P.F, Bastos, I.V.G.A., Grangeiro, A.R.S., Gurgel, A.P.A.D., Silva, A.C.P., Silva, J.G., Oliveira, R.A.G., Souza, I.A
FONTE
Rev. bras. plantas med.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
O uso popular, e mesmo o tradicional, não são suficientes para validar as plantas medicinais como medicamentos eficazes e seguros. Para melhor entendimento, é necessário avaliar a relação risco/benefício de seu uso, por meio de estudos toxicológicos. O objetivo desta pesquisa foi estimar a toxicidade aguda do extrato etanólico das cascas secas de Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr através da obtenção da dose letal (DL50) em roedores, e da Concentração letal (CL50) frente à Artemia salina Leach. Foram realizados experimentos por via oral e intraperitoneal utilizando camundongos fêmeas albinos Swiss (Mus musculus) (n=6). Por via oral foram administradas 3 doses (1.000, 3.000 e 5.000 mg Kg-1) e por via entraperitoneal, 5 doses (155, 160, 176, 345,6 e 414,72 Kg-1). Os sinais comportamentais foram avaliados durante uma hora após a administração do extrato, ficando em observação até 48 horas. O número de óbitos foi quantificado para posterior cálculo da DL50. A administração por via intraperitoneal foi realizada em intervalo de 5 minutos para cada animal. Nos ensaios de toxicidade por via oral a solução foi introduzida por via intragástrica através de cânula metálica acoplada a seringa (gavagem) no mesmo intervalo de tempo utilizado pela via intraperitoneal. Os animais do grupo de administração oral apresentaram algumas reações, porém não letais até a dose de 5.000 mg Kg-1. A DL50 para a via intraperitoneal foi 257, 49 mg Kg-1 (muito tóxico, grau 4) (Schuartsman, 1980). A CL50 (543,5 µg Kg-1) demonstrou ser tóxica frente à A. salina. Conclui-se que sob condições agudas de exposição, o extrato do Pithecellobium cochliocarpum é um agente tóxico, devendo ser considerado como tal, dependendo da dose administrada ou absorvida, do etempo e frequência de exposição e das vias de administração.
ASSUNTO(S)
fitoterapia toxicologia abarema cocliocarpa
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