Avaliação da suscetibilidade e do potencial a erosão laminar da bacia do ribeirão Sozinha (GO) / Evaluation of the susceptibility and potential the laminar erosion of the watershad of stream Sozinha (GO)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/03/2010

RESUMO

As bacias hidrográficas têm sido concebidas como unidades de planejamento e gestão socioambiental. São áreas facilmente delimitáveis e possuem uma característica sistêmica, onde os elementos da paisagem sejam eles naturais ou antrópicos, se inter-relacionam continuamente, deflagrando trocas de matéria e energia. Em função dessas características, as bacias se apresentam como unidades ideais para a aplicação de metodologias que visam contribuir para o planejamento de uso do e ocupação da terra. A proposta deste trabalho é apresentar os resultados da avaliação do potencial a erosão laminar na bacia do Ribeirão Sozinha, no Estado de Goiás, através da análise integrada do meio físico e da aplicação de modelo de previsão. A metodologia utilizada foi elaborada e apresentada por Salomão (1999), é uma abordagem de cunho qualitativo e visa especializar as fragilidades do solo a erosão laminar em uma bacia hidrográfica. A bacia do ribeirão Sozinha possui aproximadamente 430 km, abrangendo terras dos municípios de Leopoldo de Bulhões, Anápolis, Goianápolis, Bonfinópolis, Goiânia, Senador Canedo, Caldazinha e Bela Vista de Goiás. A geologia da bacia é composta pelos granulitos orto e paraderivados e ranitóides do Complexo Granulítico Anápolis-Itaúçu e rochas metassedimentares do Grupo Araxá Sul de Goiás. A geomorfologia é caracterizada por Superfícies Regionais de Aplainamento das unidades Planalto Central Goiano e Planalto Rebaixado de Goiânia. A bacia esta inserida nos domínios do bioma Cerrado, e os remanescentes encontrados na área se enquadram nas fisionomias Mata de Galeria, Mata Ciliar, Mata Seca, Cerradão, Cerrado sentido restrito e Campo Sujo. Foram definidas para a bacia quatro classes de erodibilidade do solo, Alta, para os Cambissolos e Neossolos Litolicos; Média, para os Argissolos Vermelho, Vermelho-Amarelo e Latossolos Vermelho de textura arenosa/média; Baixa, para os Latossolos Vermelho de textura média e argilosa e Plintossolos Pétricos; e Nula, para os Gleissolos. A bacia foi espacializada em seis classes de declividades (0% 3%), (3,1% 8%), (8,1% 12%), (12,1% 20%), (20,1% 45) e ( >45%). Com o cruzamento das classes de erodibilidade com as de declividades, obteve-se cinco classes de suscetibilidade a erosão, que ficaram apresentadas na bacia nas seguintes porcentagens: Classe I Extremante suscetível (12,87%); Classe II Muito suscetível (35,32%); Classe III Moderadamente suscetível (27,63%); Classe IV Pouco suscetível (23,92%) e Classe V Pouco a não suscetível (0,26%). As classes de suscetibilidade a erosão foram cruzadas às classes de uso da terra (Agricultura, Pastagem, Vegetação e Área Urbana) e obteve-se três classes de potencial atual a erosão laminar na bacia do Ribeirão Sozinha, a saber: alto potencial, 29,84% da área da bacia, uso incompatível; médio potencial (55,74%), uso incompatível, com possibilidade de intervenções com práticas conservacionistas; baixo potencial (14,04%) com uso compatível ao recomendado. A área de estudo, compõe a parte leste da região metropolitana de Goiânia e se configura como uma área dinâmica, de múltiplos usos, e em função disso a necessidade da aplicação de instrumentos que viabilizem o planejamento de uso e ocupação da terra com vistas a se reduzir a degradação do solo por erosão laminar.

ASSUNTO(S)

bacia hidrográfica potencial a erosão laminar meio físico uso da terra geografia watershad potential to the laminar erosion physical middle land use

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