Avaliação da resistencia e do padrão de fratura de coroas ceramicas fixadas sobre diferentes reconstruções

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A proposta deste estudo foi avaliar in vitro a resistência e o padrão de fratura de coroas cerâmicas Cergogold / Dulceragold (Degussa), após fixação adesiva sobre diferentes reconstruções: (G1) preparo coronário em dentina, (G2) resina composta (Z250), (G3) pino de fibra de vidro (FibreKor), (G4) pino de fibra de vidro reembasado em resina composta (FibreKor + Z250), (G5) núcleo em cerâmica prensada (Cergogold), e (G6) núcleo metálico fundido (liga cobre-alumínio). Sessenta incisivos inferiores bovinos tratados endodonticamente, com dimensões médias semelhantes, foram incluídos em cilindros de resina de poliestireno com reprodução do ligamento periodontal. Após a reconstrução dos pinos e da porção coronária mantendo um preparo para coroa total com 60 de expulsividade, foram moldados e as restaurações cerâmicas foram confeccionadas. As coroas foram fixadas e armazenadas em ambiente com 100 % de umidade a 37 °C por 24 horas e, então, submetidas ao carregamento de compressão sob angulação de 135° com velocidade de 0,5 mm/min até a fratura. Os valores de resistência à fratura foram submetidos à análise de variância e posteriormente foi aplicado o teste de Tukey. Foram observados também o padrão de fratura da coroa cerâmica e do sistema de retenção intra-radicular conforme os seguintes critérios. Padrão de fratura da coroa cerâmica: (I) pequena fratura ou trinca na coroa cerâmica, (lI) fratura extensa na coroa cerâmica, (III) fratura extensa da coroa cerâmica com envolvimento da estrutura dental; padrão de fratura da retenção intra-radicular: (a) fratura do núcleo de preenchimento, (b) fratura do núcleo e/ou dente com envolvimento periodontal. Os valores médios do teste de resistência à fratura em Kgf foram: 42,7 ± 10,3 Kgf (G1)a; 42,0 ± 10,9 Kgf (G6)ab; 31,7 ± 6,1 Kgf (G3)bc; 31,5 ± 4,7 Kgf (G4)bc; 27,0 ± 6,4 Kgf (G5)c; 22,2 ± 8,6 Kgf (G2)c. O grupo com preparo em dentina apresentou os maiores resultados de resistência à fratura, semelhante apenas ao grupo do núcleo metálico fundido. Os dois grupos com pinos de fibra de vidro foram semelhantes entre si, e só diferiram do grupo com preparo em dentina. Os grupos que apresentaram resultados inferiores foram o grupo somente preenchido com resina composta e o grupo com núcleo em cerãmica. Quanto ao padrão de fratura, os grupos de fibra de vidro tiveram comportamento semelhante ao grupo com remanescente dentinário na porção coronária, e o único grupo que apresentou fratura radicular com envolvimento periodontal foi o grupo reconstruído com núcleo metálico fundido

ASSUNTO(S)

dentistica coroas (odontologia)

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