Avaliação da ocorrência de fungos patogênicos em estruturas traumatogênicas de peixes fluviais

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/04/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: Infecções fúngicas na pele humana (como a esporotricose) podem se manifestar após traumatismos por peixes. O objetivo deste trabalho é procurar fungos patogênicos para o homem em peixes fluviais. MÉTODOS: Extração de arcadas dentárias Serrassalmus maculatus (piranha) e Hoplias malabaricus (traíra), ferrões de Pimelodus maculatus (mandis), raios da nadadeira dorsal de Plagioscion spp. (corvina) e Tilapia spp. para a realização do cultivo em agar Mycosel. Algumas culturas foram submetidas à extração de DNA para a identificação molecular pelo seqüenciamento da região ITS-5.8S do rDNA. RESULTADOS: As culturas mostraram que a maioria das leveduras era Candida spp. e o sequenciamento também permitiu a identificação de Phoma spp. e Yarrowia lipolytica. CONCLUSÕES: Embora a pesquisa para S. schenckii tenha sido negativa, a presença de fungos do gênero Phoma e Candida revela o potencial patogênico desta via de infecção. O gênero Phoma está envolvido em alguns casos de feohifomicoses, micoses subcutâneas causadas por fungos dematiáceos com relatos de infecções em órgãos e sistemas humanos. As estruturas traumatizantes de alguns peixes fluviais apresentam fungos patogênicos e esta pode ser uma importante via de infecção que deve ser considerada em algumas regiões do Brasil, uma vez que há um grande número de pescadores e peixes traumatogênicos.

ASSUNTO(S)

peixes fluviais fungos patogênicos phoma micoses humanas candida spp pescadores

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