Avaliação da infectividade parasitária a Lutzomyia longipalpis por xenodiagnóstico em cães tratados para leishmaniose visceral naturalmente adquirida
AUTOR(ES)
Nery, Gabriela, Becerra, Dinah R.D., Borja, Lairton S., T. Magalhães-Junior, Jairo, Souza, Bárbara M.P.S., Franke, Carlos R., Veras, Patrícia S.T., Larangeira, Daniela F., Barrouin-Melo, Stella Maria
FONTE
Pesq. Vet. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-07
RESUMO
RESUMO: O efeito de um protocolo quimioterápico multidrogas contra a leishmaniose visceral (LV) canina, sobre a capacidade de transmissão de Leishmania infantum ao vetor, foi analisado por meio de xenodiagnóstico. Trinta e cinco cães naturalmente infectados foram avaliados antes e durante o tratamento com a combinação de metronidazol, cetoconazol e alopurinol a cada três meses por até um ano. Em cada avaliação, os cães foram individualmente submetidos ao xenodiagnóstico e quantificação da carga parasitária por PCR quantitativa. O tratamento foi eficaz em bloquear a transmissibilidade parasitária do cão para o flebotomíneo (p= 0,011) nos cães avaliados. Houve significante correlação entre recuperação clínica e infectividade: cães com melhora clínica mais evidente apresentaram menores chances de transferir L. infantum ao Lutzomyia longipalpis via xenodiagnóstico (r=0,528, p= 0,002). Esses resultados demonstram que o tratamento canino com o protocolo proposto pode representar uma alternativa ao sacrifício de cães no Brasil como medida de controle da doença, uma vez que as drogas utilizadas não são aplicadas ao tratamento da LV humana em áreas endêmicas.
ASSUNTO(S)
transmissão parasitária lutzomyia longipalpis xenodiagnose caninos visceral leishmaniose leishmania infantum quimioterapia multidrogas pcr quantitativa
Documentos Relacionados
- Ecologia de Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia migonei em uma área endêmica para Leishmaniose Visceral
- Lutzomyia longipalpis naturalmente infectado por Leishmania (L.) chagasi em Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil, uma área de transmissão intensa de leishmaniose visceral
- Characterization of tripsyns in Lutzomyia longipalpis: main vector of leishmaniose visceral in Brazil.
- Oftalmopatias em cães naturalmente acometidos por leishmaniose visceral em Teresina, PI, Brasil
- Lutzomyia longipalpis (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) e urbanização da leishmaniose visceral no Brasil