Avaliação da função renal em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca: a classificação AKIN prediz disfunção renal aguda?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

OBJETIVOS: Identificar a freqüência de lesão renal aguda e comparar a aplicação da classificação AKIN com o uso isolado da creatinina sérica no pós-operatório de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Este estudo foi desenvolvido prospectivamente em um hospital de ensino e pesquisa especializado em cardiologia da rede pública do estado de São Paulo. Foram acompanhados 44 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva, desde o pós-operatório imediato até o 2º pós-operatório. RESULTADOS: Constatou-se que dos 44 pacientes, 75% eram hipertensos, 27% diabéticos e eram majoritariamente do sexo masculino (64%), com média de idade de 55±16 anos. Observou-se que a idade avançada e o índice de massa corpórea elevado apresentaram correlação significativa para disfunção renal (p<0,05). De acordo com a classificação AKIN, o critério fluxo urinário identificou mais disfunção renal do que o critério creatinina. Foi verificado que a disfunção renal ocorreu com maior freqüência no 1º pós-operatório e na maioria (82%) dos 63,6% dos pacientes que foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes (75%) evoluiu inicialmente com disfunção renal sinalizada principalmente pelo critério fluxo urinário da classificação AKIN, número bem superior ao revelado pela creatinina isoladamente. Tal fato confirma que a associação da creatinina sérica com o fluxo urinário tem um desempenho discriminatório superior para a identificação precoce dessa síndrome comparativamente com o rotineiro uso isolado da creatinina.

ASSUNTO(S)

rim marcadores biológicos cirurgia cardíaca período pós-operatório creatinina

Documentos Relacionados