Avaliação da assistência hospitalar materna e neonatal: índice de completude da qualidade
AUTOR(ES)
Silva, Ana Lúcia Andrade da, Mendes, Antonio da Cruz Gouveia, Miranda, Gabriella Morais Duarte, Sá, Domicio Aurélio de, Souza, Wayner Vieira de, Lyra, Tereza Maciel
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-08
RESUMO
OBJETIVO Desenvolver índice para avaliar a assistência hospitalar materna e neonatal do Sistema Único de Saúde.MÉTODOS Estudo descritivo de corte transversal, com abrangência nacional, com base na tríade estrutura-processo-resultado proposta por Donabedian e na integralidade da assistência. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações Hospitalares e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Conformaram a rede materna e neonatal do SUS, 3.400 hospitais que realizaram pelo menos 12 partos/2009, ou cujo número de partos realizados representassem 10,0% ou mais no total de internações/2009. Relevância e confiabilidade foram definidas como critérios para seleção das variáveis a serem utilizadas. Foi realizada a construção e valoração dos indicadores simples, compostos e do índice de completude, e distribuição da rede hospitalar materna e neonatal nas regiões do País.RESULTADOS Selecionaram-se 40 variáveis a partir das quais foram construídos 27 indicadores simples, cinco indicadores compostos e o índice de completude. Os indicadores compostos foram construídos a partir da agregação dos indicadores simples, conformando as dimensões: porte hospitalar, complexidade, prática assistencial ao parto, práticas hospitalares recomendáveis e práticas epidemiológicas. O índice de completude agregou as cinco dimensões, fracionado em ordem crescente, originando cinco níveis de completude da assistência hospitalar materna e neonatal: baixíssima, baixa, intermediária, alta e altíssima. A rede hospitalar foi predominantemente de pequeno porte, baixa complexidade, com desempenho inadequado das práticas assistenciais ao parto e com baixo desenvolvimento das práticas recomendáveis e epidemiológicas. O índice mostrou que mais de 80,0% dos hospitais apresentam baixa completude e que os serviços mais qualificados concentraram-se nas regiões mais desenvolvidas do País.CONCLUSÕES O índice de completude mostrou ser de grande valor para o monitoramento da assistência hospitalar materna e neonatal do Sistema Único de Saúde e apontou que a qualidade dessa assistência foi insatisfatória. No entanto, seu emprego não substitui avaliações específicas.
ASSUNTO(S)
cuidado pré-natal serviços de saúde materno-infantil assistência hospitalar indicadores de qualidade em assistência à saúde qualidade da assistência à saúde sistema Único de saúde
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