Avaliação cinemática de variáveis relacionadas ao resultado dos saltos de potros

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/02/2012

RESUMO

Objetivou-se estimar a repetibilidade de variáveis associadas ao desempenho de potros no salto de obstáculo e predizer a probabilidade do sucesso no salto utilizando características lineares e angulares dos potros em estação e no salto. Foram avaliados 109 potros do Exército Brasileiro com pontos anatômicos realçados com marcadores reflexivos. Os potros foram filmados em estação e durante cinco tentativas de salto em liberdade no obstáculo vertical com 0,60; 0,80 e 1,05 metros de altura, aos 22-25, 23-32 e 36-39 meses de idade, respectivamente. As imagens foram obtidas com câmera na frequência de aquisição de 100 Hz e analisadas no aplicativo Simi Reality Motion Systems®. Os valores das estimativas de repetibilidade dos potros no salto em liberdade foram menores no primeiro momento de avaliação, quando os potros eram mais jovens e a altura do obstáculo era menor, e mais elevadas na última avaliação, aos 36-39 meses, quando os potros já haviam realizado o protocolo experimental e a altura do obstáculo era maior. As variáveis utilizadas nos modelos de regressão logística foram selecionadas em análise prévia de componentes principais e utilizadas como variáveis independentes. Na avaliação das características lineares dos potros em estação, aos 22-25 meses de idade, apenas a idade do potro foi fonte significativa de variância, enquanto nas características angulares, o ângulo do pescoço e a idade dos potros no momento de avaliação foram significativos no modelo de predição. As características significativas no modelo para o potro no salto foram: amplitude da passada anterior ao obstáculo, distância da batida, altura da pinça torácica sobre o obstáculo, velocidade da passada sobre o obstáculo, distância vertical da articulação úmero-radial ao boleto torácico, ângulo da cabeça, ângulo do pescoço, ângulo femoro-tibial, ângulo cernelha-garupa-boleto-pélvico e distância vertical soldra-boleto. Os resultados indicam que para o sucesso no salto é necessário a redução da amplitude da passada anterior ao obstáculo e o aumento da distância da batida com visa à maior altura da pinça torácica sobre o obstáculo. Além disso, o potro deve ultrapassar o obstáculo com menor velocidade, apresentar os membros torácicos mais flexionados e também apresentar nos membros pélvicos maior ângulo femoro-tibial. Os ângulos da cabeça e do pescoço dos potros foram importantes para o sucesso no salto, sendo desejáveis menores valores para maior eficiência no salto.

ASSUNTO(S)

zootecnia teses.

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