Autoimplante esplênico deve ser considerado para pacientes submetidos à esplenectomia total por trauma?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/07/2018

RESUMO

RESUMO O trauma é um problema de saúde pública e a causa mais comum de óbito em pessoas com menos de 45 anos de idade. Nos traumas abdominais contusos, o baço é o órgão mais comumente lesado. A esplenectomia continua sendo o tratamento mais comum, especialmente em lesões de alto grau, apesar do aumento do tratamento não operatório. A remoção do baço gera aumento da suscetibilidade a infecções, devido ao seu papel na função imune. Sepse pós-esplenectomia é uma importante complicação e apresenta alta taxa de mortalidade. Pacientes submetidos à esplenectomia devem receber imunização para germes encapsulados, por serem os agentes mais comumente relacionados a essas infecções. Autoimplante esplênico é um procedimento simples, que pode ser alternativa para reduzir índices de infecção consequentes à esplenectomia total, e que pode reduzir custos relacionados à internações. Este trabalho de revisão objetiva prover informações baseadas em evidências sobre o autoimplante esplênico e seu impacto no prognóstico de pacientes submetidos à esplenectomia total. Foram realizadas buscas na Cochrane Library, Medline/PubMed, SciELO e Embase, de janeiro de 2017 a janeiro de 2018 e selecionados artigos em inglês e português, datados de 1919 a 2017. Verificou-se que o risco ajustado de morte em pacientes esplenectomizados é maior do que o da população geral, e quando a esplenectomia total é realizada, o autoimplante esplênico é o único método capaz de preservar a função esplênica, evitando infecções, principalmente sepse pós-esplenectomia. Profissionais de saúde devem estar familiarizados com as consequências do método escolhido para manejar o paciente vítima de trauma esplênico.

ASSUNTO(S)

transtornos relacionados a trauma e fatores de estresse baço esplenectomia sepse transplante autólogo

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