Autogestão e controle operário: uma análise histórica crítica
AUTOR(ES)
Paniago, Maria Cristina Soares
FONTE
Rev. katálysis
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-08
RESUMO
Resumo Neste artigo analisamos a relação histórica das fábricas recuperadas com as primeiras iniciativas de autogestão dos trabalhadores, desde o início do capitalismo industrial. Assinalamos a evolução histórica das primeiras experiências de controle operário, das que ocorreram no interior de movimentos revolucionários, tais como a revolução russa e a guerra civil espanhola, até às fábricas recuperadas contemporâneas, destacando suas contradições e suas realizações. A natureza genuína dessas experiências tem como móvel impulsionador a reação às condições de subordinação impostas ao trabalho assalariado pela lógica do capital, que com o decorrer dos séculos agravaramse. A luta pela autonomia operária sem que alcance desafiar o capital é um dos principais obstáculos para que tais experiências contribuam para a emancipação do trabalho. Concluímos que as experiências de autogestão mais recentes reproduzem antigos problemas teóricos, políticos e organizacionais. Sem um processo de reorientação crítica e autocrítica da luta contra o capital, não se constituem em novas formas para superá-los.
Documentos Relacionados
- Socializar para o trabalho operário: o Senai-Mercedes-Benz
- Cartilha do operario: alphabetization of teenagers and adults in São Paulo (1920-1930)
- Autogestão, participação e estrutura organizacional: uma análise crítica da evolução formal da empresa média atual
- O prédio de apartamentos e a moradia do operário: debates e realizações (Brasil, 1930 - 1960)
- Um processo de autogestão : cronica e critica de uma experiencia em psicologia institucional