Através da sala escura: dinâmicas espaciais de comunicação audiovisual - aproximações entre a sala de cinema e o lugar do Vjing

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O objeto dessa pesquisa é o espaço de consumo do filme e a forma como ele circunscreve a relação entre espectador e imagem. O que motiva nossa investigação é um certo descompasso processual da indústria cinematográfica: enquanto a produção do filme se tornou mais complexa e se expandiu ao longo da história, aproveitando-se de novos estatutos da imagem, o mesmo não ocorreu com sua distribuição e exibição. A bem da verdade, essas duas etapas se enrijeceram com o passar dos anos, de modo que já não dão conta de todas as possibilidades de uma obra. Paralelamente, outro circuito de consumo audiovisual tem se desenvolvido a partir das experiências de color music e dos light shows: o VJing, a projeção de vídeo gerado, editado ou composto em tempo real. Livre dos constrangimentos da indústria estabelecida, o VJing ainda se encontra aberto a todas as possibilidades das tecnologias emergentes. Logo, embora não se ofereça como clara alternativa à sala de cinema, o espaço do VJing (VJ arena) pode dar pistas sobre seu desenvolvimento. A diferença entre ambos os circuitos se mostra evidente na forma pela qual seus repectivos espaços de consumo se organizam como mídias e se prestam à construção de sentido. Assim, à luz da história dos espaços de projeção cinematográfica, nosso trabalho tem o duplo objetivo de sugerir protótipos para uma futura sala de exibição, mais coerente com as condições do filme digital, ao mesmo tempo em que estabelece o cinema como paradigma para o estudo do VJing. Para tanto, confrontaremos a teoria clássica da espectação cinematográfica (segundo Metz e Mauerhofer) com o desenvolvimento histórico dos espaços de projeção, tendo em vista algumas experiências que se inserem de maneira crítica na sala de cinema. Com isso, buscaremos criar uma articulação entre os conceitos de situação cinema (Hugo Mauerhofer), olhar virtual mobilizado (Anne Friedberg) e interface (segundo a semiótica de Lev Manovich), de forma a criar bases para a comparação entre a sala de cinema convencional e o lugar do VJing, e as dinâmicas de comunicação audiovisual pressupostas por cada espaço

ASSUNTO(S)

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