Associação entre variáveis clínicas relacionadas à asma em escolares nascidos com muito baixo peso com e sem displasia broncopulmonar
AUTOR(ES)
Gonçalves, Emília da Silva, Mezzacappa-Filho, Francisco, Severino, Silvana Dalge, Ribeiro, Maria Ângela Gonçalves de Oliveira, Marson, Fernando Augusto de Lima, Morcilo, Andre Moreno, Toro, Adyléia Aparecida Dalbo Contrera, Ribeiro, José Dirceu
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-09
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliar prevalência, espirometria e fatores de risco para asma em escolares que foram recém-nascidos de muito baixo peso com e sem displasia broncopulmonar. Métodos: Estudo observacional e transversal. Aplicou-se aos pais e/ou responsáveis o questionário International Study of Asthma and Allergies in Childhood. Foi feito teste cutâneo de hipersensibilidade imediata e espirometria nos escolares. Resultados: Avaliados 54 escolares que foram recém-nascidos de muito baixo peso e 43 preencheram critérios para espirometria. A idade na avaliação (displasia broncopulmonar=9,5±0,85; sem displasia broncopulmonar=10,1±0,86 anos) e o peso de nascimento (displasia broncopulmonar=916,7±251,2; sem displasia broncopulmonar=1.171,3±190,5 g) foram menores no grupo com displasia broncopulmonar (p<0,05). A prevalência de asma entre os recém-nascidos de muito baixo peso foi de 17/54 (31,5%); no grupo com displasia broncopulmonar, de 6/18 (33,3%). Houve associação entre uso de cobertor de lã no primeiro ano de vida (p=0,026) com presença de asma na idade escolar. O teste cutâneo de hipersensibilidade imediata foi positivo em 13/17 (76,5%) e 23/37 (62,2%) nos grupos com e sem asma, respectivamente. Os escolares com asma apresentaram menores valores em z-score do fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da capacidade vital forçada (n=16; −1,04±1,19) comparados com os do grupo de pacientes sem asma (n=27; −0,38±0,93) (p=0,049). Não houve diferença entre as variáveis da espirometria no grupo com relação à presença ou não de displasia broncopulmonar. Conclusões: Os recém-nascidos de muito baixo peso, com e sem displasia broncopulmonar, apresentaram prevalência elevada de asma (33,3% e 30,6%, respectivamente). Os fluxos pulmonares das pequenas vias aéreas foram menores nos escolares com asma.
ASSUNTO(S)
asma displasia broncopulmonar nascimento prematuro
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