Associação entre uso de hemocomponentes e mortalidade em cinco anos após transplante hepático
AUTOR(ES)
Morais, Bruno Salome de, Sanches, Marcelo Dias, Lima, Agnaldo Soares, Ribeiro, Daniel Dias, Ferrari, Teresa Cristina de Abreu, Duarte, Malvina Maria de Freitas, Cançado, Guilherme Henrique Gomes Moreira
FONTE
Revista Brasileira de Anestesiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cirurgia de transplante hepático (TH) continua associada a sangramento importante em 20% dos casos, e diversos autores têm demonstrado os riscos relacionados ao uso de hemocomponentes. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do uso de hemocomponentes durante toda a hospitalização na sobrevida em cinco anos de pacientes submetidos a TH. MÉTODOS: Um total de 113 pacientes submetidos ao TH foi avaliado retrospectivamente. Diversas variáveis, incluindo uso de hemocomponentes no intraoperatório e durante toda a hospitalização, foram categorizadas e avaliadas por meio de análise univariada, pelo teste de Fisher. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados com p < 0,2 foram submetidos a uma análise multivariada pelo modelo de regressão logística multinominal. RESULTADOS: Doenças parenquimatosas, disfunção renal pré-operatória e maior tempo de internação no CTI e hospitalar se associaram a maior mortalidade em cinco anos após o TH (p < 0,05). Ao contrário do uso de hemocomponentes no intraoperatório, a transfusão acumulada de concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e concentrado de plaquetas durante toda a internação hospitalar foi associada à maior mortalidade em cinco anos após o transplante de fígado (p < 0,01). CONCLUSÕES: O estudo alerta para a relação existente entre o uso de hemocomponentes durante a hospitalização e o aumento da mortalidade em cinco anos após o TH.
ASSUNTO(S)
cirurgia, transplante complicaÇÕes sangue
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