Associação entre os achados do questionário de disfagia M. D. Anderson e a videofluoroscopia da deglutição após tratamento do câncer de cabeça e pescoço
AUTOR(ES)
Andrade, Margareth Souza, Gonçalves, Aline Nogueira, Guedes, Renata Lígia Vieira, Barcelos, Camila Barbosa, Slobodticov, Luciana Dall’Agnol Siqueira, Lopes, Simone Aparecida Claudino, Francisco, Ana Lúcia Noronha, Angelis, Elisabete Carrara de
FONTE
CoDAS
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/03/2017
RESUMO
RESUMO Introdução A utilização de questionários sintoma-específicos no câncer de cabeça e pescoço (CCP) em conjunto com avaliações objetivas da deglutição pode ser sensível às mudanças na qualidade de vida (QV) decorrentes da disfagia, porém é uma ferramenta pouco utilizada como complemento de avaliações clínicas. Objetivo analisar a associação entre o questionário de disfagia M. D. Anderson (MDADI) com a videofluoroscopia (VF) da deglutição em pacientes tratados do CCP. Método Estudo retrospectivo, com revisão de prontuários, dados da VF e do questionário de disfagia MDADI. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos, tratados do câncer de cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe, independentemente do tratamento curativo. Para o exame de VF, foram consideradas as deglutições de 5 e 20 ml na consistência néctar. O teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para avaliar a associação entre o questionário MDADI e a VF. Resultados Casuística de 39 indivíduos, predomínio de homens, 34 (87,18%), e média de idade de 61 anos. Prevalência de câncer de cavidade oral, 16 (41,03%). Vinte e dois (56,4%) possuíam estádio clínico IV. Cirurgia isolada foi o tratamento mais prevalente, 16 (41,03%). Vinte indivíduos (51,28%) se alimentavam por via oral. A média total (MT) do MDADI foi de 63,36. Na correlação da VF com o MDADI, observou-se associação significante entre MT, domínio emocional (DE) e domínio físico (DFis) com penetração para 5 ml. Penetração e aspiração com 20 ml determinou prejuízo para questão global (p=0,018 e p=0,0053), DE (p=0,0012 e p=0,027), DFis (p=0,0002 e p=0,0051) e MT (p=0,0023 e p=0,0299), respectivamente. A presença de estase não determinou piora da QV. Conclusão Pacientes tratados do CCP que apresentam penetração/aspiração demonstram impacto na qualidade de vida nos DE e DFis.
ASSUNTO(S)
deglutição transtorno da deglutição questionário neoplasias de cabeça e pescoço qualidade de vida estudos retrospectivos
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