Aspectos médicos e sociais no atendimento oftalmológico de urgência

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-02

RESUMO

Objetivo: Realizou-se um estudo em cem pacientes no Serviço de Emergência Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas a fim de analisar as características pessoais e as dificuldades para obter assistência oftalmológica de forma resolutiva. Métodos: A amostra apresentou as seguintes características: distâncias entre 20 e 100 quilómetros percorridas por 50,0% dos pacientes a serem atendidos no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, sendo que 75,0% destes necessitaram de acompanhante e 67,0% eram procedentes de outros municípios. As longas distâncias percorridas representaram despesas adicionais no tratamento de doenças que muitas vezes deveriam ser resolvidas localmente. Resultados: Entre os pacientes encaminhados por oftalmologistas de outros serviços ao Hospital das Clínicas- Universidade Estadual de Campinas, 87,5% poderiam ter seu problema resolvido em nível secundário de atendimento e 66,7% das urgências verdadeiras e 60,0% das urgências falsas levaram mais de 7 dias para chegar ao Pronto Socorro- Universidade Estadual de Campinas, sugerindo, nas condições desta pesquisa, uma estruturação precária dos serviços secundários quanto ao preparo para o atendimento de urgência e a orientação do paciente. Conclusão: Recomenda-se a preparação de médicos generalistas e oftalmologistas em participação resolutiva dos casos de emergência ocular além da instalação de serviços públicos ou conveniados, secundários e terciários, estrategicamente distribuídos por todo o Estado de São Paulo.

ASSUNTO(S)

emergência oftalmopatias acesso aos serviços de saúde

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