Aspectos laboratoriais da vaginose citolítica e candidíase vulvovaginal como uma chave para o diagnóstico preciso: Um estudo piloto
AUTOR(ES)
Sanches, José Marcos; Giraldo, Paulo César; Bardin, Marcela Grigol; Amaral, Rose; Discacciati, Michelle Garcia; Rossato, Luana
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-10
RESUMO
Resumo Objetivo Identificar características clínicas, microscópicas e bioquímicas que diferenciam a vaginose citolítica (VC) da candidíase vulvovaginal (CVV). Métodos O presente estudo de corte transversal analisou o conteúdo vaginal de 24 mulheres não grávidas, com idades entre 18 e 42 anos, atendidas no ambulatório de Infecções Genitais do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP). Elas foram diagnosticadas com (CV = 8, CVV = 8) ou sem vulvovaginite ou disbiose vaginal (controles = 8). Os dados sociodemográficos, clínicos e ginecológicos foram obtidos em uma entrevista detalhada do paciente. Amostras do conteúdo vaginal foram coletadas para análise do pH vaginal, coloração de Gram e cultura específica de fungos. Os testes exatos de Kruskal-Wallis e Fisher foram utilizados para comparar as diferenças entre os grupos. A razão de chances foi utilizada para comparar as variáveis categóricas. O nível de significância considerado foi de p < 0,05. Resultados As mulheres com VC e CVV apresentaram corrimento vaginal irregular (p = 0,002) e hiperemia vaginal (p = 0,001), em comparação aos controles. O processo inflamatório foi mais intenso no grupo CVV (p = 0,001). No grupo VC, houve significância estatística para a quantidade de lactobacilos (p = 0,006), lise do epitélio vaginal (p = 0,001) e pH vaginal (p = 0,0002). Conclusão Os diagnósticos de VC e CVV raramente diferem nas características clínicas, mas apresentam achados laboratoriais diferentes. O presente estudo destaca a importância de conduzir uma investigação precisa por meio de testes laboratoriais, em vez de critérios apenas clínicos, a fim de evitar erros de diagnóstico.
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