Aspectos fisiológicos e citológicos de embriões de Inga vera subsp. affinis durante o armazenamento

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Plant Physiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

A capacidade reduzida de armazenamento apresentada pelas sementes recalcitrantes tem impedido sua inclusão em programas de conservação ex situ. As causas da rápida queda da viabilidade durante o armazenamento ainda não estão totalmente elucidadas. Visando, portanto, a um melhor entendimento desse comportamento, embriões de sementes recalcitrantes de Inga vera subsp. affinis foram armazenados sob várias condições e avaliados periodicamente com relação a aspectos fisiológicos e citológicos. Embriões armazenados sem secagem, a 5ºC, perderam totalmente a viabilidade em 18 dias. Embriões parcialmente desidratados apresentaram 95% de germinação após 14 dias de armazenamento em sacos plásticos selados. Entretanto, após 30 dias de armazenamento, a viabilidade foi totalmente perdida. O armazenamento de embriões sem secagem em solução de polietileno glicol (PEG) a um potencial hídrico de -1,7 MPa foi capaz de manter uma alta capacidade de germinação até 30 dias de armazenamento. Quando adicionado à solução de PEG, o ácido abscísico mostrou uma forte interação com a temperatura de armazenamento, com um efeito positivo na longevidade dos embriões armazenados a 20ºC, porém um efeito negativo nos embriões armazenados a 5ºC. No entanto, em nenhuma condição, a viabilidade dos embriões pôde ser mantida por mais de 50 dias. Embriões de sementes coletadas nas mesmas árvores no ano seguinte mostraram uma melhor capacidade de armazenamento, alcançando 45% de germinação após 62 dias de armazenamento. A análise de alterações celulares durante o armazenamento dos embriões mostrou o desaparecimento de grânulos de amido e vários danos às células, como dobras na parede celular e fragmentação do citoplasma.

ASSUNTO(S)

ácido abscísico conservação de sementes polietileno glicol sementes recalcitrantes

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