Aspectos epidemiológicos e clínico-laboratoriais da Leishmaniose Tegumentar Americana nos subespaços 07 e 08 no estado de Rondônia - Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) constitui uma das parasitoses com características específicas em diversas regiões do Brasil e do mundo. Nos últimos anos, observam-se variações no aumento do número de casos desta doença em diferentes regiões do país. No estado de Rondônia, a LTA é considerada uma das doenças endêmicas. Esta pesquisa levantou e comparou aspectos epidemiológicos e clínico-laboratoriais da doença em dois subespaços do Estado, compostos pelos municípios de Colorado do Oeste e de Cerejeiras no subespaço 07; Vilhena e Chupinguaia no subespaço 08, no período de 2001 a 2006. Levantou e evidenciou por amostragem no ano de 2007 o parasito por meio de análises histopatológicas. A pesquisa revelou que entre os anos de 2001 a 2006 foram notificados nos municípios analisados 1392 casos humanos de LTA registrados no SINAM, com maior número no subespaço 08 (82,1%). Os dados epidemiológicos revelaram que houve predomínio para o sexo masculino (91,8%), com prevalência entre pacientes com idade de 15 a 30 anos, baixo grau de escolaridade (5 a 8 série incompleta), e de cor branca com 52,4%. O maior número de casos foi oriundo da zona urbana dos municípios analisados. Algumas destas variáveis apresentaram diferenças significativas quando comparadas entre os subespaços. Quanto aos aspectos clínicos e laboratoriais, houve um maior percentual de casos da LC, seguidos pela LM e LCD respectivamente. Nas avaliações laboratoriais o exame parasitológico direto foi o mais freqüente, apresentando 64,6% de casos positivos e com diferença entre os subespaços. Para o IDRM houve uma freqüência média de 19,1% de casos positivos. A avaliação histopatológica retrospectiva revelou que apenas 3,5% dos pacientes submeteram-se a este exame. Na evolução dos casos, houve diferença significativa entre os subespaços com prevalência de alta por cura (76,2%). Quanto à incidência, as maiores taxas foram observadas no subespaço 08, oscilando entre 17,6 a 34,24 classificadas como altas. Nas avaliações no ano de 2007, em todas as formas positivas foi evidenciado o parasito e identificadas quatro características já citadas na literatura. No mapeamento dos espaços, os dados revelaram padrões estabelecidos para o desenvolvimento da região, indicando possíveis áreas de risco, caracterizadas como zona e subzona de desenvolvimento e reservas indígenas. Nesta pesquisa, pode-se observar que a LTA é um problema de saúde para região por apresentar altas taxas de incidência, podendo diferir entre os espaços para algumas variáveis epidemiológicas e que a estruturação de mapas podem auxiliar na identificação e determinação de áreas associadas a possíveis locais de risco de infecção pelos parasitos.

ASSUNTO(S)

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