As mucinas e o NCAM (CD56) na colangiocarcinogênese intra-hepática

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Introdução: O colangiocarcinoma é a segunda neoplasia maligna mais comum do sistema hepatobiliar. Durante a colangiocarcinogênese podem ocorrer alterações fenotípicas do epitélio ductal, incluindo a expressão de mucinas. Entretanto, os estudos que avaliam a expressão das mucinas nas diferentes etapas da colangiocarcinogênese são escassos. O CD56, apesar de contribuir na diferenciação entre as proliferações ductais benignas e o colangiocarcinoma, ainda não teve a sua expressão avaliada no epitélio displásico dos ductos biliares. Objetivos: Analisar o perfil das mucinas (MUC) 1, 2, 5, 6 e do CD56 no colangiocarcinoma, nas lesões pré-neoplásicas e reacionais de ductos biliares intra-hepáticos. Material e métodos: A expressão imuno-histoquímica da MUC 1, 2, 5, 6 e do CD56 foram avaliadas em 11 colangiocarcinomas e 83 ductos biliares intra-hepáticos (67 reativos e 16 displásicos). As variáveis foram consideradas como significativas quando p < 0,05. Resultados: A expressão da MUC1 ocorreu em cerca de 90% dos colangiocarcinomas, contrastando com a baixa frequência de casos positivos nos ductos biliares reativos ou displásicos (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa na expressão de MUC5, MUC6 e CD56 entre as lesões reativas, displásicas e o colangiocarcinoma. O anticorpo anti-MUC2 foi negativo em todos os casos. Conclusão: A MUC1 contribuiu no diagnóstico diferencial entre o colangiocarcinoma e as lesões pré-neoplásicas e reacionais/regenerativas dos ductos biliares intra-hepáticos, e deve compor o painel de anticorpos a ser empregado visando o aprimorando destes diagnósticos diferenciais. Contrariamente, a MUC2, MUC5, MUC6 e o CD56 não se mostraram promissoras na diferenciação entre as diferentes etapas da colangiocarcinogênese.

ASSUNTO(S)

colangiocarcinoma displasia ductos biliares intra-hepáticos mucinas cd56

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