As medidas de segurança no trânsito e a morbimortalidade intra-hospitalar por traumatismo craniencefálico no Distrito Federal
AUTOR(ES)
FARAGE, LUCIANO, COLARES, VINÍCIUS SARDÃO, CAPP NETO, MÁRIO, MORAES, MARA CABRAL, BARBOSA, MÁRCIA CARTAXO, BRANCO JÚNIOR, JOÃO DE ABREU
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-06
RESUMO
Este estudo busca analisar a efetividade das medidas de segurança no trânsito (cinto de segurança, dispositivos de redução de velocidade e faixa de pedestre), usando como parâmetro a diminuição da freqüência de casos ou da gravidade do traumatismo crâniencefálico (TCE). MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo e analítico, baseado na avaliação dos dados secundários sobre trauma no Distrito Federal. Os dados foram analisados em dois períodos, um anterior (1992) e outro posterior (1997) a adoção das medidas de segurança no trânsito. RESULTADOS: No estudo comparam-se os índices (por 100.000 habitantes) de vítimas entre os dois períodos. Em 1992 houve 125,5 casos (grupo 1), enquanto que em 1997 houve 155,8 (grupo 2). Deste total, no Grupo 1 tivemos 26,2 casos de TCE com 5,2 óbitos pelo agravo, no Grupo 2 tivemos 62,1 casos com 4,1 óbitos, ou seja, o TCE foi responsável por 82,5% do óbitos no primeiro período e por 79,4% no segundo. Quanto à gravidade no grupo 1, tivemos 9,6 casos e no Grupo 2 foram 8,1 casos de TCE moderado e grave. CONCLUSÃO: Houve um aumento relativo e absoluto do número de casos de TCE devido a acidentes automobilísticos no período, contudo foi reduzida a morbimortalidade hospitalar do traumatismo, sugerindo que as medidas de segurança não foram efetivas para diminuir o número de casos, mas possam ter sido satisfatórias para reduzir a morbimortalidade decorrente deles.
ASSUNTO(S)
traumatismo craniencefálico medidas de segurança acidentes de trânsito
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