As máscaras modernistas: Adalgisa Nery e Maria Martins na vanguarda brasileira
AUTOR(ES)
Larissa Costa da Mata
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Certa tradição analisa as obras do modernismo brasileiro recorrendo à institucionalização nacionalista do movimento e pautando-se, muitas vezes, numa concepção materialista da história. Afora isso, esse olhar crítico é mediado pela percepção da forma como matéria a ser analisada, o que pressupõe um parâmetro que, na literatura brasileira, estaria na Semana de Arte Moderna. Este trabalho se propõe a focar duas autoras modernistas não-canônicas: Maria Martins (1890-1973) e Adalgisa Nery (1905-1980). Supõe-se que ambas as autoras passaram incólumes pelo movimento por adotarem uma concepção nietzscheana de tempo, circular. Deuses Malditos I (1965), biografia de Nietzsche escrita por Maria Martins e A imaginária (1959), romance autobiográfico de Adalgisa Nery, são analisados a partir da tese de que a biografia e a autobiografia são máscaras textuais. A máscara é matéria que revela pelo disfarce, que preenche os vazios diversos - a ausência de Maria e de Adalgisa na crítica, as lacunas presentes em ambos os livros e a impossibilidade de representação das autoras pelo texto. Tratar do modernismo por meio de máscaras permite pensá-lo a partir do texto e de um começo, ou de um re-começo, que pode existir ainda hoje.
ASSUNTO(S)
martins, maria, 1890-1973 - crítica e interpretação nery, adalgisa, 1905-1980 - crítica e interpretação literatura brasileira literatura brasileira modernismo (literatura)
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