As implicações das atuais diretrizes curriculares nacionais para os cursos de licenciatura : possibilidade de novas perspectivas para a prática pedagógica
AUTOR(ES)
Flávia Fernanda Costa
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
A trajetória histórica dos cursos de Licenciatura é demarcada por pequenos avanços e eventuais retrocessos. As descontinuidades desse processo sinalizam a interferência de inúmeros fatores políticos e culturais. A proposta de formação de professores instaurada no país a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e disciplinada por meio das Resoluções CNE/CP 1/2002 e 2/2002 e das Diretrizes Nacionais específicas aos cursos, trouxe ideias inovadoras e animadoras acerca desse tema, visto que sugeriu reflexões mais amplas do que as reformas anteriores, promovendo um processo de reconstrução das Licenciaturas e, consequentemente, a necessidade de adequação na mentalidade dos formadores que nela atuam e das instituições que as facultam. Desse modo, as Instituições de Ensino Superior (IES) de todo o país vêm implementando, de forma mandatória, reformas em suas estruturas curriculares. É neste contexto que se desenvolve esta pesquisa, que tem por objetivo analisar as implicações das atuais DCN¿s para os cursos de Licenciatura e as possibilidades de uma nova perspectiva de formação inicial docente. A pesquisa foi desenvolvida numa abordagem qualitativa, por meio de estudo de caso, a fim de investigar os cursos de Licenciatura de Ciências Biológicas e de História da UFRGS. Para coleta de dados, foram utilizadas duas técnicas: a análise documental, para examinar os documentos legais e os projetos pedagógicos dos cursos, e a entrevista semiestruturada, buscando na fala dos professores a sua perspectiva sobre a reforma curricular e a existência de práticas incentivadoras da formação do sujeito crítico-reflexivo. A investigação aponta para a dificuldade de construção dos Planos Políticos Pedagógicos (PPPs) e de adequação das matrizes curriculares conforme a verificação da imprecisão de alguns dados conferidos na análise documental como, por exemplo, a ampliação da carga horária das práticas pedagógicas. Outro aspecto a ser destacado é o desconhecimento dos professores das disciplinas específicas sobre o conteúdo da reforma. Um achado deste estudo diz respeito a uma não autonomia dos cursos de Bacharelado e Licenciatura, identificada na seleção por um mesmo concurso vestibular. Esses e outros fatores permitem afirmar que o processo de reforma ainda está em andamento devido aos dissensos e conflitos historicamente instituídos no cotidiano das instituições. Esta pesquisa encontra-se inserida no campo de discussões teóricas sobre políticas educacionais, formação docente e relação teoria e prática, e apoia-se nos estudos de Pimenta (2008), Contreras (2002), Zeichner (2008), Popkewitz (1997), Diniz-Pereira (2008) e Tardif (2007).
ASSUNTO(S)
educational policies política educacional currículo curriculum reform initial teacher training professor formação college pedagogy
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/35076Documentos Relacionados
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