As crianças e as notícias da televisão

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. rev.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-03

RESUMO

Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de doutoramento¹ concluída no Brasil, em 2008, sobre a relação que crianças de 6 a 8 anos estabeleceram com os telejornais e as notícias oriundas da televisão. No foco deste estudo, estiveram as crianças que se caracterizam como sujeitos ativos, participativos, que gostam de opinar e que se sentem aptas a questionar certos padrões da televisão e do mundo adulto, em situações interativas com seus pares. O objetivo nuclear da pesquisa que dá origem ao artigo foi conhecer e compreender as preferências das crianças, os recortes que fazem do que veem, seus sentimentos, modos de relação entre suas experiências e as notícias televisivas, numa análise que envolveu a produção, considerou dados de veiculação até alcançar a repercussão e as marcas dessas notícias em suas vidas. Nesse artigo, serão apresentadas e discutidas três categorias que emergiram do campo: as notícias mais ou menos, as notícias filmadas para trás e o perdido. Às crianças que falam nessa pesquisa foram assegurados e valorizados os seus discursos com o corpo todo e com suas histórias e estes estabeleceram um contraponto permanente com o que os discursos teóricos dizem sobre elas e, ainda, com o que o discurso legal assegura para elas. Nesse percurso, essa investigação, de cunho etnográfico, exigiu aproximações da Educação com saberes da Sociologia da Infância, da corrente sócio-histórica da Psicologia, da Comunicação Social e da Teoria da Literatura. Com uma conclusão, aqui estão apresentadas algumas respostas sobre a repulsa identificada nas crianças ao texto jornalístico e às notícias a que tinham acesso pela televisão, embora todas tenham mostrado ser impossível viver sem elas: a televisão e as notícias.

ASSUNTO(S)

criança notícias televisão participação social

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