As contribuições da espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, em jovens de 18 a 29 anos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O trabalho analisa as contribuições da espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, em jovens de 18 a 29 anos. Define-se a resiliência como o processo comportamental ou psíquico, de superação de situações adversas e traumáticas. Pode ser motivado, impulsionado e ajudado a continuar desenvolvendo-se mediante a promoção dos fatores de proteção (externos), assim como dos pilares de resiliência (internos) do próprio jovem. Estudam-se algumas características da religiosidade/espiritualidade na juventude, no tempo atual, e discutem-se as contribuições da religiosidade/espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, vinculando os elementos priorizados em publicações pastorais da Igreja Católica, com os fatores de proteção e os pilares descritos na literatura sobre resiliência. Para a pesquisa qualitativa foram escolhidos 13 jovens residentes em São Leopoldo/RS, de 21 a 29 anos de idade, católicos e com alta resiliência. A maioria esteve exposta a fatores de risco e passou por uma constelação de situações críticas e/ou traumáticas. Na literatura, os fatores de proteção que favorecem o processo de resiliência são dois: a aceitação incondicional de pelo menos uma pessoa e as redes de apoio social, formais e informais (por exemplo: família, amigos, instituições educativas, sociais, grupos e comunidades de Igreja, rede de saúde, etc.). Os pilares de resiliência possíveis de serem promovidos são: a auto-estima; algumas aptidões e competências pessoais específicas; o senso de humor; e a religiosidade/espiritualidade ou o sentido da vida. Na pesquisa de campo os jovens se autodefinem como católicos e salientam que a ajuda de Deus e da família é essencial para poderem superar situações adversas e traumáticas. Não aparecem mencionadas como significativas nem autoridades, nem lideranças católicas, e sim alguns grupos de Igreja. A maioria dos entrevistados não têm prática institucional coletiva na Igreja Católica após a Primeira Comunhão. Porém, vários frequentam outras Igrejas, sem entrar em conflito com a sua pertença católica. A oração pessoal, espontânea, nas suas casas é uma prática privilegiada e frequente. A dimensão pessoal, subjetiva e emocional é um traço da sua religiosidade/espiritualidade. O estudo analisa como a resiliência pode ser promovida através de pessoas, grupos e instituições e através das propostas pastorais, assim como as possibilidades, as perspectivas e os desafios que o tema da resiliência traz para a reflexão e o trabalho que a Igreja Católica realiza junto aos jovens, visando tanto a prevenção quanto a superação de situações adversas ou traumáticas.

ASSUNTO(S)

teologia resiliência espiritualidade pastoral fatores de proteção pilares de resiliência teologia prÁtica resilience spirituality pastoral work protection factors resilience pillars

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