As Classes Especiais e Helena Antipoff: uma Contribuição à História da Educação Especial no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. educ. espec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

RESUMODesde 1927 constava no Regulamento do Ensino Primário de Minas Gerais a proposta de homogeneização das classes escolares, mas sua implantação ocorreu somente com a chegada em Belo Horizonte da psicóloga Helena Antipoff. Com a homogeneização das classes, estabelecem-se as classes especiais, presentes na Europa desde o final do século 19. O objetivo é analisar a proposta das classes especiais a partir da análise documental do periódico Infância Excepcional publicado nos boletins da Secretaria da Educação e Saúde Pública do governo de Minas Gerais nos anos de 1930 e 1940 e de outros artigos publicados sobre o tema. Busca-se verificar como as classes especiais foram sistematizadas no contexto brasileiro, a partir das orientações de Helena Antipoff. Ela nasceu na Rússia, morou na França e estagiou no laboratório de Binet, antes de seguir para Genebra, onde finalizou seus estudos no Instituto Jean Jacques Rousseau. A hipótese é que a formação multicultural de Helena Antipoff influenciou a maneira como as classes especiais se configuraram em Minas Gerais e, posteriormente, no Brasil, contribuindo para o tratamento e a educação das crianças deficientes no país. As classes especiais mineiras, principalmente as do Instituto Pestalozzi, constituíram-se como locais de aplicação de uma metodologia diferenciada. A atual historiografia da ciência tem evidenciado que o conhecimento tem que se tornar local para funcionar como conhecimento. Embora profundamente marcada pela trajetória na Europa, é somente a partir do conhecimento do contexto cultural mineiro e de suas especificidades que Antipoff pode reafirmar a importância do conceito de Inteligência Civilizada.

ASSUNTO(S)

educação especial helena antipoff classe especial

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