Arte e psicanálise : dos usos freudianos da arte à arte como terapêutica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A relação da arte com a psicanálise é próxima desde os primórdios da última. A sociedade em que viveu o criador da psicanálise, Sigmund Freud, atribuía um forte valor à produção artística, assim como ele próprio. As produções artísticas foram entendidas como manifestações do Inconsciente, assim como os atos falhos e os sonhos. Portanto, a arte teve diversos usos entre os psicanalistas: como ilustração; como possibilidade de validação de descobertas clínicas; como elemento para a realização de psicobiografias; como forma de favorecer a associação livre, entre outros. A retomada desse percurso freudiano, de forma breve por diversos artigos relacionados à arte, e especificamente, nos artigos Delírios e Sonhos na Gradiva de Jensen e Leonardo da Vinci e uma lembrança da sua infância permite demonstrar esses usos e refletir sobre os mecanismos psíquicos da criação artística, pensados metapsicologicamente. O estudo do romance López e eu, de Carlos Cañeque, permite discutir sobre como podem ser pensadas a arte, a criatividade e o processo de criação artística, para refletir sobre a questão: é possível lançar mão do recurso artístico visando um tratamento psicanalítico? Entendemos que sim, respeitando o caráter de especificidade de cada sujeito no que diz respeito a se é possível ou não se beneficiar do uso da arte como técnica para um tratamento psicanalítico.

ASSUNTO(S)

tratamento arte artistic creation psicanálise treatment criação artística psychoanalisis psicologia art

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