ARE THERE SEX PREFERENCES IN BRAZIL?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. Ci. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/12/2019

RESUMO

A sociedade determina funções e expectativas às pessoas com base em seu sexo. Quando os custos e benefícios de cada sexo são diferentes, as pessoas podem ter diferentes motivações para ter filhos ou filhas porque crianças de diferentes sexos não são intercambiáveis. Preferências de sexo podem incrementar a fecundidade na medida em que mulheres e casais que desejam uma determinada composição de sexos entre seus filhos decidam por uma nova gravidez. Para compreender como a estrutura social determina as preferências de sexo e ideais de fecundidade, é importante identificar as características de mulheres com diferentes preferências. Utilizando respostas de questionários sobre o número ideal de crianças e sua composição de sexos, disponíveis na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 1996 e 2006, este artigo apresenta evidências que existe entre os brasileiros uma preferência de sexos balanceada, bem como evidências de uma preferência secundária por filhas. Evidências também apontam para uma “indiferença de gênero” que se tornou mais pronunciada conforme a fecundidade diminui.Society ascribes roles and expectations for people based on their sex. When the costs and benefits of each sex are different, people may have different motivations for having sons or daughters because children of different sexes are not substitutable. Sex preferences may then increase fertility, as women and couples who pursue a certain sex composition may progress to additional births. To understand how the social structure has been shaping sex preferences and fertility ideals, it is important to identify the characteristics of women with different preferences. Using responses to questions about an ideal number of children and their sex composition available in the Brazilian Demographic Health Survey of 1996 and 2006, this paper provides evidence that a balanced sex preference exists among most Brazilians; some evidence of a secondary daughter preference is also found. Evidence also shows that “gender indifference” has become more pronounced as fertility declines.

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