Aranhas (arachnida: araneae) edáficas amostradas por armadilhas e monólitos de solo em florestas com Araucaria angustifolia

AUTOR(ES)
FONTE

Scientia Agricola

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-08

RESUMO

As florestas com Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze estão ameaçadas de extinção no Brasil, e são praticamente inexistentes as informações sobre a diversidade de famílias de aranhas de solo associadas nestes ambientes. O estudo teve o objetivo de avaliar, em florestas com araucária naturais e reflorestadas, impactadas ou não pela queima acidental, a abundância e diversidade de famílias de aranhas, além de identificar o método mais eficiente para coletar estes organismos. O estudo foi conduzido em quatro áreas: floresta nativa com predominância de araucária (NF); reflorestamento de araucária (R); reflorestamento de araucária submetido a incêndio acidental (RF); e pastagem natural com araucárias nativas e ocorrência de incêndio acidental (NPF). Considerando os dois métodos de amostragem (Monólito e armadilhas de solo), foram identificadas 20 famílias de aranhas associadas às áreas. O método das armadilhas de solo foi mais eficiente, capturando 19 das 20 famílias registradas, enquanto o do Monólito extraiu apenas dez destas famílias de aranhas. A abundância de famílias de aranhas e o índice de diversidade de Shannon (H) foram afetados pelo método de coleta utilizado, sendo os valores destes atributos sempre superiores na NF e inferiores na NPF. A análise de correspondência (AC) demonstrou que existe separação espacial entre as áreas estudadas. Sugere-se que as modificações na abundância de famílias de aranhas de solo sejam provocadas principalmente pelas intervenções antrópicas que as florestas de araucária vêm sofrendo nos últimos anos.

ASSUNTO(S)

floresta atlântica araneofauna diversidade de aranhas bioindicadores

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