Antidepressivos sedativos e insônia
AUTOR(ES)
Moraes, Walter André dos Santos, Burke, Patrick Rademaker, Coutinho, Pablo Lorenzon, Guilleminault, Christian, Bittencourt, Aline Gomes, Tufik, Sergio, Poyares, Dalva
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-03
RESUMO
OBJETIVO: Esta atualização aborda a relação entre sono e depressão e como a transmissão serotoninérgica está envolvida em ambas condições. MÉTODO: Foi realizada uma busca na literatura no PubMed e MedLine até março de 2010 com os termos "insônia", "depressão", "antidepressivos sedativos" e "serotonina". A fim de contemplar os antidepressivos sedativos mais utilizados no tratamento da insônia, 34 artigos ISI, principalmente revisões e estudos clínicos placebo-controlados, foram selecionados entre 317 artigos encontrados na busca inicial. RESULTADOS: Alterações de sono podem aparecer meses antes do diagnóstico clínico de depressão e persistir após a resolução da depressão. O tratamento dos sintomas de insônia pode melhorar essa doença associada. Alguns antidepressivos também podem levar à insônia ou sonolência diurna. A serotonina (5-HT) demonstra um padrão complexo no que diz respeito ao sono e vigília, o que está relacionado com a variedade de subtipos do receptor 5-HT envolvidos em diferentes funções fisiológicas. Acredita-se, atualmente, que a estimulação do receptor 5-HT2 esteja envolvida nas alterações da organização do sono e insônia relacionada a alguns antidepressivos. CONCLUSÃO: Alguns medicamentos normalmente prescritos para o tratamento de depressão podem piorar a insônia e dificultar a completa recuperação da depressão. Os antagonistas do receptor 5-HT2 são drogas promissoras para o tratamento, pois podem melhorar a insônia e depressão associadas.
ASSUNTO(S)
neuroquímica antidepressivos sono transtorno depressivo psicofarmacologia