Anestesia intravenosa total com cetamina-propofol ou cetamina-xilazina-egg em infusão contínua em asininos pré-medicados com xilazina / Total intravenous anesthesia using ketaminepropofol or ketamine-xylazine-egg in donkeys premedicated with xylazine

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A anestesia intravenosa total tem recebido maior destaque que a anestesia inalatória com base nos resultados cardiorrespiratórios e econômicos de diversos estudos em eqüinos. Entretanto, estudos em asininos (Equus asinus) ainda são poucos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar e comparar dois protocolos de anestesia intravenosa total utilizando as associações cetamina-propofol (CP) e cetamina-xilazina-EGG (CXE) em asininos. Foram utilizados na pesquisa oito asininos adultos, anestesiados duas vezes com intervalo mínimo de sete dias entre cada anestesia. Em ambos os protocolos, os animais foram pré-medicados com 1,0 mg/kg de cloridrato de xilazina. No protocolo CP foi realizada a indução com 1,5 mg/kg de cetamina e 0,5 mg/kg de propofol, sendo a manutenção com infusão de 0,05 mg/kg/min de cetamina e 0,15 mg/kg/min de propofol. No protocolo CXE, foi realizada a indução com 0,05 mg/kg de diazepam e 2,2mg/kg de cetamina e a manutenção com solução preparada a partir de 100 mg/kg de EGG (5%), adicionado de 0,5 mg/ml de xilazina e 2,0 mg/ml de cetamina, infundida na taxa 2ml/kg/h. Avaliaram-se a qualidade de indução e recuperação anestésica, parâmetros cardiorrespiratórios, metabólicos e eletrocardiográficos antes, durante e após a anestesia. Os resultados demonstraram que a indução anestésica foi classificada como boa em sete animais no grupo CP e em seis animais, em CXE. Na recuperação anestésica, sete recuperações foram classificadas como boas no grupo CP e no CXE. A frequência cardíaca apresentou aumento significativo em CP a partir do momento 15M. A pressão arterial média diminuiu ao longo do procedimento em ambos os protocolos sem diferença estatística entre os grupos. A diminuição da frequência respiratória foi mais acentuada e significativa no protocolo CP. Não houve diferença significativa entre os protocolos na pressão parcial de gases sanguíneo arterial e concentração de lactato sanguíneo venoso e arterial. A glicose arterial apresentou maior aumento em CXE e diferença significativa entre os protocolos na recuperação anestésica. Não foram encontradas alterações relevantes na concentração da creatina quinase e aspartato aminotransferase. No exame eletrocardiográfico, não foram observados alterações na duração ou amplitude de ondas e complexos sugestivos de comprometimento cardíaco. Diante dos resultados, conclui-se que os protocolos CP e CXE não apresentaram efeitos cardiorrespiratórios, metabólicos e eletrocardiográficos capazes de prejudicar a homeostase dos animais utilizados no estudo

ASSUNTO(S)

jumentos, anestesia dissociativa, metabólitos asinine, dissociative anesthesia, metabolites patologia animal

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