Análise histopatológica de biópsias pré-implante de rim de doadores: associação com a sobrevida e função do enxerto um ano após o transplante

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Introdução: A biópsia renal pré-implante é uma ferramenta na decisão de utilização de enxertos de doadores falecidos com critérios expandidos, implantação de um ou dois rins e comparação com biópsias pós-transplante. O papel de alterações histopatológicas nos compartimentos renais tem mostrado resultados conflitantes como fator prognóstico na sobrevida e função do enxerto. Objetivo: Avaliar a prevalência de alterações crônicas nas biópsias pré-implante de enxertos renais e a associação dos achados com a função e sobrevida do enxerto em um ano pós-transplante. Métodos: Foram analisadas 110 biópsias entre 2006 e 2009 na Santa Casa de Porto Alegre, englobando doadores vivos, falecidos ideais e com critérios expandidos. A pontuação foi conforme critérios sugeridos por Remuzzi. A taxa de filtração glomerular (TFG) foi calculada pela fórmula MDRD resumida. Resultados: Não houve diferença estatística na sobrevida do enxerto de doadores estratificados conforme Remuzzi. A TFG apresentou associação significativa com os escores totais nos grupos com alterações leves e moderadas e nos compartimentos renais isoladamente, pela análise univariada. O modelo multivariado encontrou associação com a presença de arteriosclerose, glomeruloesclerose, rejeição aguda e retardo na função do enxerto. Conclusão: As alterações crônicas renais pré-transplante não tiveram influência na sobrevida do enxerto em um ano pós-transplante no nosso estudo. Arteriosclerose e glomeruloesclerose, em qualquer grau, são preditores de TGF pior no mesmo período. Retardo na função do enxerto e rejeição aguda são fatores prognósticos independentes.

ASSUNTO(S)

biópsia prognóstico rejeição de enxerto taxa de filtração glomerular transplante de rim

Documentos Relacionados