Análise filogenética de lentivírus de pequenos ruminantes isolados do Ceará. / Phylogenetic analysis of small ruminant lentivirus isolated from Ceará.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/12/2007

RESUMO

CAEV e MVV têm sido considerados geneticamente distintos, mas antigenicamente relacionados como patógenos de caprinos e ovinos. Além disso, foi demonstrado que estes vírus estão constantes e facilmente transgredindo a barreira entre caprinos e ovinos, com lentivirus CAEV infectando ovinos e lentiírus MVV infectando caprinos (Valas et al., 2000; Karr et al., 1996; Shah et al., 2004). Assim como todos os lentivírus, o genoma de CAEV tem uma alta taxa de mutação e o seu grau de heterogeneidade pode estar relacionado com a baixa fidelidade de transcriptase reversa, que carece da atividade de leitura da enzima exonuclease. A análise genética de Lentivírus de Pequenos Ruminantes (LVPRs) poderá ajudar a compreender a genética, proteínas e antigenicidade destes vírus; sua patogênese, epidemiologia, relações filogenéticas e, assim, a sua inclusão nos subgrupos de LVPRs recentemente criado (Shah et al., 2004a). Também pode ser relevante para o desenvolvimento de testes de diagnósticos sensíveis à raça local. A aplicação da análise filogenética para sequencias de CAEV e MVV é de crucial importância para a análise epidemiológica de infecções por LVPRs e para estudar possíveis diferenças na virulência entre estirpes de LVPRs circulantes. O principal objetivo deste trabalho foi estabelecer a filogenia de LVPRs como base para futuros estudos em epidemiologia molecular de lentivirais de pequenos ruminantes no Nordeste do Brasil em caprinos de rebanho leiteiro, com particular interesse no acompanhamento dos efeitos dos programas de erradicação em curso e futuros sobre a distribuição linhagens de LVPRs. Neste estudo, 250 caprinos foram analisados utilizando a técnica de IDGA, a soroprevalência deste rebanho foi de 4,4% de positivos. Seis caprinos positivos por IDGA com ou sem alteração nas articulações foram analisados por PCR, que amplificou parte do gene gag. Todos os animais foram positivos, apesar de três deles não terem sinais clínicos ou alteração nas articulações. Nós seqüenciamos o gene gag de quatro lentivírus isolados do norteste do Brasil de caprinos naturalmente infectados. Comparações de pareamentos entre sequencias do gene gag de linhagens brasileiras com sequencias do GenBank demonstraram que nossas sequencias estão mais relacionadas com linhagens caprinas que ovinas. Outras análises filogenéticas do gene gag confirmaram sua classificação inicial e mostrarm que eles constituem o subtipo B1 do grupo de CAEV. A análise das sequencias também mostrou que os vírus permaneceram geneticamente estáveis, apesar do tempo de evolução estar estimado em 20 anos. Neste artigo nós também indicamos que futuros estudos filogenéticos devem ser realizados com sequencias pol ou env, pois a região gag, por ser altamente preservada, retém menos sinais filogenéticos.

ASSUNTO(S)

phylogeny gag caev reproducao animal filogenia gag caev

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