Análise dos resultados de conização nos pacientes submetidos a histerectomia por adenocarcinoma uterino

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-05

RESUMO

Resumo Objetivo Observar se o resultado proveniente de uma conização realizada após o diagnóstico de adenocarcinoma cervical in situ é compatível com a análise histopatológica da histerectomia. Métodos A pesquisa foi descritiva e observacional e consistiu na análise de prontuário de 42 pacientes que tiveram o diagnóstico de adenocarcinoma in situ obtidas por conização. Foram analisados se havia compatibilidade entre os laudos de conização e histerectomia, margens do cone, se havia associação com outra patologia (doença escamosa) e interpretação de eventuais laudos histoquímicos obtidos. Além disso, também foram analisados dados clínico-epidemiológicos. Resultados Foram realizadas 42 conizações, sendo 33 (79%) por cone clássico e 9 (21%) por cirurgia de alta frequência. Das pacientes analisadas, 5 (10%) não foram submetidas a histerectomia por desejarem manter a fertilidade ou por terem idade < 25 anos. Das 37 pacientes com adenocarcinoma in situ no exame prévio realizado e que foram submetidas à histerectomia posteriormente, 6 (16%) apresentaram doença residual após o procedimento cirúrgico, apresentando laudos do anatomopatológico pós-histerectomia incompatíveis com o achado na conização que atestava margens livres. Conclusão A prevalência do adenocarcinoma in situ vemaumentando cada vez mais. Ainda há uma grande parte da literatura que defende o uso do tratamento conservador para esta doença, mesmo sabendo que ela é uma doença multifocal e que pode estar presente mesmo em situações nas quais o anatomopatológico evidencie margens livres. Tendo em vista essas características, a maioria preconiza que a histerectomia continua a ser o tratamento preferencial nas mulheres que já completaram o seu intuito reprodutivo.

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