Análise do registro de doadores voluntários de medula óssea do Rio Grande do Norte, Brasil.

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Objetivo: relatar as frequências alélicas e haplotípicas do HLA-A, -B e -DRB1 de doadores voluntários de medula óssea (DVMO) do Rio Grande do Norte (RN), inscritos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Metodologia: 12.973 DVMO tiveram suas frequências alélica e haplotípica calculadas pelo programa Arlequin 3.5.1.2. Uma análise multivariada dos dados foi obtida por meio da Análise de Componente Principal (ACP) e da Análise de Cluster Hierárquico (ACH) realizadas pelo SPSS 8.0. Resultados: os grupos alélicos mais frequentes foram HLA-A*02, seguido por -DRB1*13, -DRB1*04, -DRB1*07, -B*44, -B*35, -A*24 e -DRB1*01. Dos 2.701 haplótipos observados, os três mais frequentes foram HLA-A*01 B*08 DRB1*03 (1,62%), -A*29 B*44 DRB1*07 (1,56%) e -A*02 B*44 DRB1*04 (1,29%), que se encontravam em desequilíbrio de ligação. As frequências alélicas e haplotípicas do RN são bastante similares às de outros estados brasileiros em que trabalhos semelhantes foram executados. A ACP revelou ser o RN geneticamente muito semelhante a populações caucasianas, especialmente a dos países ibéricos, os quais influenciaram fortemente na composição étnica do Estado. Africanos e ameríndios também contribuíram para a estrutura populacional, mas em menor proporção. Conclusão: a ACH reforçou a conclusão de que, apesar de seu perfil miscigenado, a população do RN se assemelha geneticamente com populações europeias e que descendem das europeias. A ACP também mostrou que as cidades do RN não contribuem equitativamente na composição do REDOME, de modo que cidades pouco populosas estão sub-representadas, apontando a necessidade de cadastrar mais DVMO dessas cidades para que a estrutura da população seja fielmente retratada.

ASSUNTO(S)

antígenos hla transplante medula óssea brasil

Documentos Relacionados