Análise do cuidado em saúde no sistema prisional do Pará, Brasil
AUTOR(ES)
Lôbo, Nancy Meriane de Nóvoa; Portela, Margareth Crisóstomo; Sanchez, Alexandra Augusta Margarida Maria Roma
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Este trabalho buscou descrever a saúde prisional paraense. Trata-se de estudo ecológico, em série temporal, baseado em dados secundários de acesso irrestrito a partir de relatórios institucionais do sistema penitenciário, além de informações provenientes do Portal da Transparência do Pará, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Como resultados, observou-se uma população de maioria jovem, negra e parda, de baixa escolaridade e do sexo masculino. Constatou-se um aumento, em números absolutos, de profissionais de saúde, mas sem acompanhar proporcionalmente o aumento da população carcerária. O número de consultas médicas, odontológicas e psicológicas variou de forma aleatória e fora dos limites quando inseridos em gráficos de controle estatístico. O potencial de cobertura das equipes de saúde prisional vinculadas aos SUS foi de no máximo 45,77%. Mutirões de saúde não aumentaram o número o total de consultas. A incidência de tuberculose mostrou-se muito superior à média para população do estado e sua notificação mostrou-se adequada. Mesmo trabalhando com dados secundários restritos, pôde-se lançar um amplo olhar sobre a saúde prisional do estado, levantando questões que devem ser apreciadas por gestores e profissionais.
Documentos Relacionados
- Educação em saúde no trabalho de enfermeiras em Santarém do Pará, Brasil
- Cyclanthaceae no estado do Pará, Brasil
- A precarização do trabalho no contexto da atenção primária à saúde no sistema prisional
- O cuidado à criança no contexto prisional: percepções dos profissionais de saúde
- Produção do cuidado e produção pedagógica: integração de cenários do sistema de saúde no Brasil