Análise de fatores que se associam a alterações no teste de tolerância oral à glicose, independentemente dos valores da glicemia de jejum
AUTOR(ES)
Lauria, Marcio Weissheimer, Dias, Isabela Nacif Bastos, Soares, Maria Marta Sarquis, Cordeiro, Giovana Vignoli, Barbosa, Victor Eurípedes, Ramos, Adauto Versiani
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
OBJETIVO: Identificar fatores associados a alterações do teste oral de tolerância à glicose (TOTG), independentemente da glicemia de jejum (GJ). SUJEITOS E MÉTODOS: 377 pacientes (53,8 ± 15,2 anos; 77,7% mulheres e IMC = 31,4 ± 5,9 kg/m²), sem história de diabetes melito (DM), foram submetidos ao TOTG e comparados de acordo com o resultado: normal (NGT), intolerantes (IGT) e DM. RESULTADOS: 202 pacientes (53,6%) apresentaram TOTG alterado, sendo identificados 69 com DM (18,3%) e 133 com IGT (35,3%). Na análise multivariada, os fatores, além da GJ, que se associaram (P < 0,05) ao TOTG alterado foram: idade (DM = 58,7 ± 12,9; IGT = 56,7 ± 14,3; NGT = 49,6 ± 15,6 anos), hipertensão arterial (DM = 69,6%; IGT = 63,9%; NGT = 43,4%), GJ (DM = 111,9 ± 9,2; IGT = 103,5 ± 10,3; NGT = 96,6 ± 11,1 mg/dL), HbA1C (DM = 6,1 ± 0,7%; IGT = 6,1 ± 0,5%; NGT = 5,8 ± 0,4%), triglicérides (DM = 179,3 ± 169,9; IGT = 154,2 ± 84,1; NGT = 129,1 ± 71,9 mg/dL), HDL-c (DM = 44,7 ± 9,2; IGT = 47,5 ± 12,3; NGT = 50,6 ± 13,4 mg/dL) e ácido úrico em mulheres (DM = 5,3 ± 1,5; IGT = 5,3 ± 1,3; NGT = 4,7 ± 1,3 mg/dL). CONCLUSÃO: Idade, hipertensão arterial, níveis elevados de triglicérides, de HbA1C e de ácido úrico (em mulheres) e baixos níveis de HDL-c se associam a alterações do TOTG em pacientes com sobrepeso/obesidade, independentemente da GJ.
ASSUNTO(S)
diabetes melito intolerância à glicose teste de tolerância oral à glicose glicemia de jejum alterada
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