Análise das alterações anatomopatológicas macroscópicas placentárias das doenças hipertensivas específicas da gestação / Analysis of the gross placental pathological changes in the hypertensive disorders of pregnancy

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/03/2011

RESUMO

A etiopatogênese da doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) tem sido amplamente estudada, porém não se encontra muito bem estabelecida na literatura. Devido à baixa perfusão uteroplacentária, quadros hipertensivos leves a moderados no terceiro trimestre da gravidez podem ser uma resposta adaptativa do organismo materno para que seja mantido fluxo sanguíneo adequado no compartimento fetal. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores sócio-econômicos das parturientes com doença hipertensiva da gestação associados às condições maternas e fetais, bem como as alterações anatomopatológicas macroscópicas placentárias. O estudo foi realizado em uma maternidade pública federal na cidade de Goiânia, Goiás, no período de março de 2009 a fevereiro de 2010. Foram coletados dados placentários e dados de prontuários de parturientes com ou sem diagnóstico (grupo controle) de doença hipertensiva específica da gestação totalizando 61 partos. Obtivemos 1 placenta de parturiente com diagnóstico de Síndrome HELLP (1,7%), 3 casos de eclâmpsia (4,9%), 11 de HG (18%),18 de HC (29,5%) e 28 de PE (45,9%). As principais alterações placentárias encontradas foram: hematomas, presença de fibrina, áreas de fibrose, infarto, calcifilaxia, áreas de descolamento. Na face materna houve diferença estatisticamente significante em relação à ocorrência de infarto na face materna de mulheres com eclâmpsia (p = 0, 047). Houve depósito de fibrina significativamente maior na face materna de placentas de mulheres com hipertensão gestacional comparada aquelas do grupo controle (p = 0,008). A calcificação foi maior na face materna das placentas de mulheres do grupo controle quando comparadas ao grupo com Hipertensão gestacional (p = 0,056). Obteve-se um resultado estatisticamente significante ao analisar a presença de fibrina nos grupos de PE e nos controles (p = 0,024). Houve um depósito significativamente maior de fibrina na face fetal das placentas de mulheres com HG comparadas aquelas do grupo controle (p = 0,048). As doenças hipertensivas específicas da gestação são estudadas como um problema de saúde pública mundial representando a terceira causa de mortalidade materna no mundo e a primeira no Brasil. Por esse motivo, o presente estudo foi realizado a partir da necessidade de uma assistência obstétrica cada vez mais humanizada e voltada para as principais alterações placentárias e suas repercussões na vitalidade materna e fetal no ciclo gravídico puerperal.

ASSUNTO(S)

hipertensão gestacional placenta pré-eclâmpsia eclâmpsia enfermagem obstetrica eclâmpsia; hipertensão gestacional;placenta; pré-eclâmpsia eclampsia gestational hypertension placenta pre-eclampsia

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