Análise da contribuição de estagiários remunerados na força de trabalho em enfermagem

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente estudo faz uma análise de estágios não obrigatórios e remunerados em enfermagem, como contribuição para o processo de trabalho em saúde e aprendizagem dos estudantes de cursos técnicos em enfermagem. Teve como objetivo examinar a contribuição de bolsistas de nível médio de enfermagem na força de trabalho em um Hospital de Ensino em Natal/RN. Trata-se de uma investigação quantitativa/qualitativa, com uso de estatística descritiva e análise realizada a partir das categorias que emergiram da pesquisa através de um diálogo com os autores estudados no referencial teórico do atual mundo do trabalho, força de trabalho, estágio não obrigatório remunerado e trabalho em turnos e noturno. Os colaboradores desta pesquisa, foram 105 (73,43%) técnicos de enfermagem, bolsistas de nível médio que realizam estágio remunerado no hospital. Houve predomínio do sexo feminino com 90 (85,70%), com média de idade de 29,71 anos, 62 (59,00%) solteiros, 57 (54,30%) não referiram ter filhos, 100 (95,23%) bolsistas com nível médio completo, 78,10% tiveram experiência profissional antes de sua inserção no estágio remunerado, 73 (69,50%) referiram gostar da área, motivo da escolha do curso técnico de enfermagem. Sobre a conclusão do curso técnico, 83 (79,00%) afirmaram ter sido entre 2005 e 2008, e sobre o tempo de estágio na instituição, 38 (36,20%) têm entre um e seis meses. Quanto à aprendizagem, 74 (70,50%) referiram aprender com os técnicos de enfermagem e todos realizam cursos de especialização ou aperfeiçoamento para ter o vínculo com a escola e poder estagiar. Esses cursos foram tidos como de baixa qualidade, o que justifica os 54 (51,40%) bolsistas que disseram que o rendimento nos estudos é bom e 75 (71,40%) conseguem conciliar com o estágio sem problemas. Quanto à remuneração em forma de bolsa, 71 (67,60%) referiram que ajudavam a continuidade dos estudos, pois esse valor tem principalmente esse propósito de custear os estudos. Sobre o estágio não obrigatório, a ABEn-RN afirmou que não existe uma relação de acompanhamento dessa modalidade de estágio, posto que nunca houve essa preocupação, uma vez que os estágios obrigatórios tomam muito do esforço, nas reuniões. E o COREN-RN não fiscaliza essa forma de contrato. Constatou-se na presente pesquisa que há a contribuição da força de trabalho de bolsistas de nível médio de enfermagem na instituição pesquisada. Submetidos às circunstâncias de trabalho estabelecidas pela instituição, representando a carência de recursos humanos, de materiais, de condições de trabalho, inserção no trabalho em turnos e noturno, pode-se afirmar que esta situação é irregular no contexto dos bolsistas, além de determinante fator de riscos para suas vidas e saúde. Além disso, para que os bolsistas se mantenham na qualidade de estagiário na instituição, são obrigados a realizar cursos de aperfeiçoamento ou especialização de técnicos de enfermagem, em escolas referidas como de péssima qualidade

ASSUNTO(S)

bolsas e estágios trabalho força de trabalho hospitais de ensino recursos humanos de enfermagem no hospital enfermagem scholarships and traineeships work work force teaching hospitals nursing human resources at hospital

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