Analise comparativa entre tratamentos instituídos para fraturas de côndilo mandibular / Comparative analysis among the treatments provided for the mandibular condyle fractures
AUTOR(ES)
Rafael Grotta Grempel
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
As fraturas faciais detêm uma importante participação junto ao atendimento dos pacientes vítimas de traumatismos. Dentre estas fraturas, aquelas envolvendo o côndilo mandibular são com certeza as que mais levantam questionamento e discussão quanto à forma de tratamento e, quando tratadas de forma incorreta podem trazer conseqüências severas e por vezes irreversíveis ao sistema estomatognático. Desta forma, ressalta-se a necessidade de estabelecer um protocolo quanto ao tratamento destas fraturas, por meio de ensaios clínicos e acompanhamento a longo prazo dos resultados adquiridos com os diversos tratamentos protocolados. Realizou-se então este estudo observacional, retrospectivo e longitudinal, visando a avaliação epidemiológica específica das fraturas de côndilo mandibular, tratadas pela Área de Cirurgia Buco-maxilo-facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), avaliando a forma de tratamento instituído e as complicações decorrentes deste. Foram analisados todos os prontuários de 1999 a 2006, totalizando 223 pacientes com 265 fraturas de côndilo, sendo 174 (78%) do gênero masculino e 49 (22%) do feminino, com média de idade de 28,2 anos ± 14,6 anos. O grupo etário mais acometido foi aquele entre 11 e 30 anos com 60% dos casos. Em 113 (50,7%) pacientes as fraturas ocorreram de forma isolada, existindo no restante pelo menos uma fratura em outra região da mandíbula. A maior parte dos pacientes era branca (65,1%), economicamente ativa (66,4%) e dentada (49,7%). O agente etiológico mais comum foram os acidentes envolvendo meios de transporte (58,9%), destes, 40% foram ciclísticos, 29,2% automobilísticos, 15,7% motociclísticos e 2,2% atropelamentos. As quedas foram responsáveis por 21,5% dos casos, seguidas pela agressão (11,6%), acidentes de trabalho (4%), acidentes esportivos (3,1%) e outros (1,3%). Dos pacientes que receberam tratamento, 178 (79,8%) receberam tratamento fechado (sem abordagem direta à fratura), 41 (18,4%) receberam tratamento aberto e quatro (1,8%) não receberam tratamento. Onze (4,9%) pacientes evoluíram com alguma complicação, sendo oito com má-oclusão. Pôde-se concluir que o tratamento fechado foi o mais predominantemente instituído e que as complicações advindas do tratamento foram raras.
ASSUNTO(S)
epidemiologia fraturas mandibulares traumatologia epidemiology mandibular fractures traumatology
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000771275Documentos Relacionados
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