Análise cefalométrica das vias aéreas superiores de pacientes Classe III submetidos a tratamento ortocirúrgico
AUTOR(ES)
Gornic, Camila, Nascimento, Paula Paiva do, Melgaço, Camilo Aquino, Ruellas, Antonio Carlos de O., Medeiros, Paulo José D'Albuquerque, Sant'Anna, Eduardo Franzotti
FONTE
Dental Press Journal of Orthodontics
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-10
RESUMO
OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi avaliar as alterações causadas por cirurgia ortognática de recuo mandibular associada ou não à cirurgia maxilar combinada nas vias aéreas superiores (VAS). MÉTODOS: foram avaliadas radiografias cefalométricas de perfil pré-cirúrgicas e pós-cirúrgicas imediatas de 17 pacientes com Classe III. Foram realizadas medições do diâmetro do espaço aéreo (EA) no plano sagital, nas regiões correspondentes à hipofaringe e à orofaringe; também foram registradas as alterações na posição do osso hioide. Utilizou-se o teste t pareado e o coeficiente Pearson, buscando possíveis associações entre as alterações esqueléticas e as ocorridas no EA. RESULTADOS: observou-se redução significativa do EA na região da hipofaringe (média de 3,10mm, p=0,024). O osso hioide sofreu deslocamento inferior e posterior, além de diminuição da distância entre o mesmo e a região anterior da mandíbula. Não foi possível correlacionar, quantitativamente, a redução anteroposterior do EA com o recuo mandibular. Entretanto, observou-se correlação forte entre o diâmetro inicial do EA e a quantidade de redução observada ao nível da hipofaringe, e moderada em relação à orofaringe. CONCLUSÕES: o recuo mandibular pode causar estreitamento significativo das VAS, principalmente na porção mais inferior (hipofaringe). Portanto, deve-se atentar para sua avaliação durante o plano de tratamento ortocirúrgico, já que não foram descartados possíveis efeitos deletérios dessas alterações nas funções do indivíduo.
ASSUNTO(S)
cirurgia ortognática recuo mandibular vias aéreas orofaringe hipofaringe
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