Améfrica Ladina e a crítica à democracia racial em Lélia de Almeida Gonzalez
AUTOR(ES)
Portela Júnior, Aristeu; Lira, Bruno Ferreira Freire Andrade
FONTE
Horizontes Antropológicos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Este trabalho se insere no esforço coletivo de promover uma releitura do pensamento político-social brasileiro a partir de autoras e autores cujas reflexões foram historicamente silenciadas em virtude de suas pertenças étnico-raciais e/ou de gênero. Mais especificamente, partimos do pensamento de Lélia de Almeida Gonzalez (1935-1994) para refletir sobre o mito da democracia racial enquanto estruturante de um projeto de nação no Brasil. A questão orientadora aqui é: como a noção de Améfrica Ladina, enquanto fundamento de uma nova leitura da formação da sociedade brasileira, complexifica a crítica ao mito da democracia racial? A hipótese a ser desenvolvida é que o diferencial da crítica da autora está na identificação, ainda nas décadas de 1970 e 1980, de uma tripla forma de discriminação entre raça, classe e gênero que marginaliza brutalmente as mulheres negras - e que não pode ser silenciada na compreensão da formação nacional do Brasil. Ademais, a intelectual em questão ainda apresenta a definição de racismo por denegação como aspecto particular do mito da democracia racial.
Documentos Relacionados
- Lélia Gonzalez, uma teórica crítica do social
- As cores do antirracismo (na Améfrica Ladina)
- Contribuições para o aprofundamento do debate étnico-racial na formação em serviço social a partir de Lélia Gonzalez
- Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez
- BLACKENING FEMINISM OR FEMINIZING RACE: THE LIBERTARIAN NARRATIVES OF ANGELA DAVIS AND LÉLIA GONZALEZ