Alterações psicofisiológicas e vocais em indivíduos submetidos ao teste de simulação de falar em público. / Psychophysiological and vocal affections in subjects submitted to a public speaking mock test.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi verificar se a ansiedade gerada por uma tarefa ansiogênica modifica as respostas dos indivíduos quanto aos parâmetros psicológicos, fisiológicos e vocais, bem como investigar a possível correlação existente entre a ansiedade-traço e ansiedade-estado em relação aos parâmetros vocais selecionados. Participaram do estudo 24 sujeitos, 12 homens e 12 mulheres, com idade entre 19-42 anos, todos sem antecedentes psiquiátricos. Os voluntários foram submetidos ao modelo clínico de ansiedade por meio do Teste de Simulação de Falar em Público (SFP). O escore do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), sobretudo o IDATE-Traço, possibilitou a divisão dos participantes em dois grupos: BAIXA ANSIEDADE (BA) e ALTA ANSIEDADE (AA). ANTES, DURANTE e DEPOIS da SFP, avaliou-se parâmetros psicológicos (IDATE), fisiológicos (freqüência cardíaca, condutância elétrica da pele, temperatura de extremidade, eletromiograma do músculo frontal e cortisol salivar) e vocais (auto-avaliação vocal, avaliação perceptivo-auditiva-visual do comportamento vocal e análise acústica). A SFP induziu alterações tanto nas medidas psicológicas, fisiológicas, quanto nos parâmetros vocais. Observou-se aumento estatisticamente significante na ansiedade estado, frequência cardíaca e condutância elétrica da pele no momento DURANTE quando comparados ao ANTES e DEPOIS a tarefa. Na temperatura de extremidades verificou-se diminuição ignificante no momento DURANTE em comparação aos demais. Os indivíduos apresentaram níveis de cortisol salivar similares e dentro da normalidade tanto no momento BASAL quanto DURANTE a SFP. Os indivíduos do grupo AA apresentaram um maior comprometimento da auto-avaliação vocal, da qualidade de vida em voz e um maior número de sintomas vocais. Os resultados sugerem que a ansiedade induzida experimentalmente em voluntários sadios foi capaz de gerar alterações psicológicas, fisiológicas e vocais. Quanto maior o grau de ansiedade traço, maior o omprometimento da comunicação e da qualidade de vida em diversos aspectos relacionados ao uso da voz, além de haver maior número de sinais e sintomas vocais.

ASSUNTO(S)

psicobiologia 1. comportamento. 2. ansiedade. 3. comunicação. 4. voz. 5. escala de ansiedade frente a teste.

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