"Ainda um rio": afastamento e aproximação entre dois povos indígenas
AUTOR(ES)
Barata, Maria Helena
FONTE
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-08
RESUMO
Reflexão acerca das relações entre os povos indígenas Tenetehara (Tupi-Guarani) e Pükob'gateyê (Jê-Timbira) tendo em vista o acesso desses ao território de ambos em busca de bens materiais e simbólicos. O rio Buriticupu apresentase como marco sócio-simbólico a definir territorialidades. Os convites para a pesca conjunta equivalem a assinaturas de acordos bilaterais permitindo o ingresso a seus respectivos territórios, até que um novo evento ocorra, recolocandoos em situações divergentes e os acessos sejam mais uma vez suspensos. A sociedade nacional, apesar de sua preponderância no sistema pluriétnico regional, é propositadamente deixada entre 'parênteses'. O foco de interesse está centrado no processo de inter-relacionamento entre esses povos indígenas que, apesar da estrutura em que estão submersos, não deixam de buscar outras formas de convivência que escapam à lógica da dominação/poder ocidental.
ASSUNTO(S)
jê-timbira pükob'gateyê tupi-guarani rio tenetehara pesca territorialidade
Documentos Relacionados
- Suicídio entre povos indígenas: um panorama estatístico brasileiro
- Entre Demografia e Antropologia: povos indígenas no Brasil
- 2. Povos Indígenas no Alto Rio Negro: um estudo de caso de nupcialidade
- Aproximação possível e afastamento necessário entre a teoria crítica Frankfurteana e a psicanálise de Enriquez
- Saúde e Povos Indígenas