Adaptação transcultural do "Schedule for the Assessment of Insight - Expanded version (SAI-E)" : estudo de confiabilidade e analise fatorial da versão brasileira do SAI-E / Cross-cultural of the Schedule for the Assessment of Insight - Expanded version (SAI-E) : inter-rater reliability and factor analysis of the brasillian version of SAI-E

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O Schedule for the Assessment of Insight - Expanded Version (SAI-E) é constituído de 11 itens que abordam: reconhecimento de se ter um transtorno mental, capacidade de renomear fenômenos psicóticos como anormais, e adesão ao tratamento. Objetivos: traduzir e adaptar transculturalmente o SAI-E; e estudar a confiabilidade entre avaliadores e a estrutura fatorial da versão brasileira do instrumento. Métodos: A adaptação do SAI-E levou em conta as dimensões da equivalência transcultural: de conteúdo, semântica, técnica, de critério e conceitual. A versão brasileira do SAI-E foi utilizada na avaliação de 109 pacientes psicóticos internados, dos quais 60 tiveram a entrevista gravada para atribuição de escores por avaliador independente. Resultados: Uma boa equivalência transcultural foi alcançada. A confiabilidade entre avaliadores para os itens do SAI-E foi aceitável, com kappa variando de 0,48 a 0,76, e coeficiente de correlação intraclasse (ICC) de 0,66 a 0,78; para o escore total foi excelente, com ICC = 0,90. Uma estrutura fatorial semelhante à obtida para a versão original do SAI-E foi encontrada, com 3 fatores explicando 71,72% da variabilidade. O fator 1 (30,43% da variância) consistiu nos cinco itens sobre o reconhecimento da doença e no item sobre reconhecimento da necessidade de tratamento; o fator 2 (26,75% da variância) consistiu nos dois itens relativos à capacidade de reconhecer o caráter patológico dos sintomas, no item de contradição hipotética e no item 3 ?atribuição da própria condição a um transtorno mental?; e o fator 3 (14,54% da variância) consistiu nos dois itens que abordam adesão ao tratamento. Em um estudo preliminar de associação entre insight e variáveis sócio-demográficas, clínicas e relativas ao tratamento, constatou-se que melhor insight global esteve associado à ocorrência de episódio depressivo maior, internação voluntária, e experiência de atendimento em psicoterapia. Conclusão: no contexto brasileiro o SAI-E apresentou boa confiabilidade entre avaliadores e estrutura fatorial compatível com as dimensões do insight que pretende avaliar

ASSUNTO(S)

psychometry conscientização awareness transtornos psicoticos entrevista psiquitrica padronizada reproducibility od results psychotic disorder psicometria

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