Adaptação marginal e resistencia a fratura de Inlays confeccionados em ceramica e compositos laboratoriais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

A proposta deste estudo foi avaliar a adaptação marginal e a resistência à fratura de "inlays" confeccionados em quatro sistemas restauradores indiretos, porcelana feldspática Duceram LFC (Degussa) e três resinas laboratoriais, Solidex (Shofu), Artg1ass Heraeus Kulzer) e Targis (Ivoclar). Foram selecionados 60 molares inferiores, com dimensões semelhantes, que foram incluídos em cilindros de resina com reprodução do ligamento periodontal. Os dentes receberam preparos MOD com 6 ?GRAUS? de expulsividade, realizados em aparelho padronizador. Em seguida, foram moldados com silicona por adição e as restaurações confeccionadas seguindo as orientações dos fabricantes. A avaliação da adaptação marginal foi feita em sistema computadorizado de coleta de imagem associado a um aparelho digital de medição. Com aumento de 40x, determinaram-se os pontos de medição, sendo 4 pontos para cada região, eclusal, proximal e cervical e, com aumento de 250X, determinou-se o valor da discrepância marginal, através de um sistema de coordenadas digitais. As restaurações foram fixadas empregando a associação do sistema adesivo Single Bond e o cimento resinoso Rely X (3M) e armazenadas em 100% de umidade a 37° C por 24 horas. As amostras foram então submetidas a um carregamento axial de compressão com velocidade de 0,5 mm/minuto até a completa fratura da restauração. Os dentes fraturados foram analisados, classificando-se o padrão de fratura em cinco níveis: I -fratura isolada da restauração; II - fratura da restauração com pequena porção do dente; III -fratura da restauração com menos da Y2 do dente, sem envolvimento radicular; IV - fratura da restauração com mais da Y2 do dente, sem envolvimento radicular.; V -fratura com envolvimento radicular. A interface de fratura foi analisada por microscopia eletrônica de varredura. Os valores da adaptação marginal foram analisados estatisticamente aplicando a análise de variância segundo o esquema de parcelas subdivididas, sendo os materiais restauradores as parcelas e as regiões, as subparcelas. Verificaram-se diferenças estatisticamente significantes entre as regiões (p=0.0001), independente do tratamento estudado (p= 0.60555) e também entre os materiais restauradores (p= 0.0001). A discrepância marginal encontrada na região oclusal foi estatisticamente inferior à encontrada na região proximal, e esta menor que na região cervical. Entre os materiais restauradores, a adaptação marginal da cerâmica Duceram LFC foi estatisticamente inferior à encontrada para os materiais Solidex, Artglass e Targis em todas as regiões analisadas, não havendo diferenças entre estes. Os valores de resistência à fratura foram submetidos à análise de variância, demonstrando a ocorrência de diferenças estatisticamente significantes entre os materiais restauradores (p= 0,001). O teste de Tukey (?alfa?= 0,05) foi aplicado, verificando que os dentes restaurados com Duceram LFC (205,44 ?+ ou ?? 39,5IKgf), apresentaram resistência média estatisticamente inferior aos grupos que receberam "inlays" confeccionados com os compósitos Solidex (293,16 ?+ ou ?? 45,86Kgf), Artglass (299,87 ?+ ou ?? 41,08Kgf) e Targis (304,23 ?+ ou ?? 52,52Kgf), não havendo diferenças entre os três compósitos laboratoriais. O padrão de fratura das amostras restauradas com cerâmica foi predominantemente do tipo I e II, por outro lado, as amostras restauradas com compósitos laboratoriais apresentaram padrões de fraturas predominantemente do tipo III, IV e V

ASSUNTO(S)

porcelana resinas dentarias resistencia de materiais adaptação materials resistance porcelain composite resin

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