Acurácia do teste de fixação preferencial para o diagnóstico de ambliopia em pacientes estrábicos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Resultados: O estudo incluiu 221 pacientes entre 6 e 38 anos. A acurácia do TFP foi semelhante para todas as escalas, não havendo vantagem em associá-las (¿ Crombach 0.99). Assim, a Escala Tempo foi analisada por ser a mais fácil de ser realizada na prática clínica. A sensibilidade e a especificidade entre pacientes com estrabismo maior ou igual a 10DP foram respectivamente 72,8% (IC95% 59,7¿83,6) e 77,6% (IC95% 66,6¿86,3); entre os com desvio menor do que 10DP foram 89.6% (IC95% 72,6¿97,8) e 64.2% (IC95% 44,0¿81,3). O Teste das 10 DP não alterou essa acurácia. A razão de probabilidades apresentou maior força de associação nos graus extremos do TFP. No entanto, os graus intermediários do teste mudaram a chance de ambliopia em apenas duas a três vezes. A concordância intra e interexaminador foi respectivamente de 76% (IC95% 51¿100) e 73% (IC95% 48¿ 97). Conclusão: As três escalas do TFP mostraram acurácias semelhantes para o diagnóstico de ambliopia. O teste funcionou melhor quando os resultados extremos foram obtidos (¿não fixa¿ ou ¿alterna a fixação espontaneamente¿). No entanto, o teste não se mostrou útil nos graus intermediários. O Teste das 10 DP não melhorou a acurácia do TFP nos pacientes com desvios pequenos, mas permitiu avaliar a preferência de fixação em pacientes com micro-estrabismos nos quais a observação sem o prisma era impossível de ser feita. O estudo corrobora com a idéia de que o TFP não deva ser usado como único instrumento para iniciar ou suspender o tratamento de ambliopia. No entanto, enquanto não existem outros métodos disponíveis, os graus extremos do TFP podem ser usados com maior confiabilidade.

ASSUNTO(S)

ambliopia estrabismo

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