Achados radiológicos associados ao óbito de recém-nascidos com enterocolite necrosante

AUTOR(ES)
FONTE

Radiol Bras

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-06

RESUMO

Resumo Objetivo: Determinar fatores de risco radiológicos e clínicos para o desfecho de óbito em recém-nascidos com enterocolite necrosante. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de exames radiológicos e prontuários de 66 recém-nascidos com enterocolite necrosante confirmada pela presença de pneumatose intestinal (estágio IIA, segundo os critérios modificados de Bell). Foram estudados achados radiológicos e variáveis clínicas. Resultados: Catorze casos (21,2%) apresentaram pneumatose nos intestinos grosso e delgado, 7 (10,6%) apresentaram ar no sistema porta e 12 (18,2%) faleceram. As análises bivariadas indicaram que as variáveis significativas para o óbito foram: perfuração intestinal, pneumatose localizada nos intestinos grosso e delgado, ar no sistema porta, menor idade gestacional, longos períodos de ventilação mecânica até a identificação da pneumatose e longos períodos de ventilação mecânica até a data de alta/óbito. Na regressão multivariada, mantiveram-se como preditores do óbito: pneumatose localizada nos intestinos grosso e delgado (odds ratio [OR] = 12,4; intervalo de confiança de 95% [IC 95%] = 1,2-127,4; p = 0,035), perfuração (OR = 23,2; IC 95% = 2,2-246,7; p = 0,009) e ar no sistema porta (OR = 69,7; IC 95% = 4,3-não calculado; p = 0,003). Conclusão: Pneumatose extensa, pneumoperitônio e ar no sistema porta compuseram o melhor conjunto de fatores associados ao óbito. Esses achados corroboram a importância da radiografia simples de abdome no diagnóstico e acompanhamento da enterocolite necrosante.

ASSUNTO(S)

enterocolite necrosante/diagnóstico recém-nascido prematuro nascimento prematuro morte perinatal

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