Acessibilidade da preparação alcoólica para higiene das mãos: um desafio institucional / Accessibility of alcohol-based preparation for hand hygiene: an institutional challenge

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/08/2011

RESUMO

O reconhecimento da importância da higiene das mãos (HM) e a baixa adesão são aspectos amplamente documentados e, ainda não resolvidos. Nesse sentido, um dos desafios que merece ser analisado se reporta ao apoio organizacional para antissepsia alcoólica das mãos. Objetivo: Analisar aspectos associados à infra-estrutura para o uso de preparação alcoólica na higiene das mãos dos profissionais de saúde com a finalidade de identificar as dificuldades e/ou facilidades considerando a importância dos fatores externos sobre as funções auto-reguladoras da autoeficácia, segundo o referencial teórico de A. Bandura. Trata-se de um estudo seccional realizado com profissionais da saúde por meio de entrevistas individuais. O instrumento foi submetido à validação de conteúdo com especialistas da área. Utilizou-se a dupla digitação no Microsoft Excel, SPSS (Statistical Package of Social Science 17.0) na análise estatística descritiva e inferencial (com nível de significância de p<0,05). Totalizou-se 318 profissionais de saúde com predominância das mulheres, faixa etária entre 26 a 35 anos, dos quais os auxiliares de enfermagem foram os mais freqüentes seguidos dos enfermeiros, médicos, entre outros. Na atualização do conhecimento a pesquisa informatizada foi a mais utilizada, e (76,7%) referiram que o treinamento sobre HM foi realizado na instituição em que atuam. E, com relação ao conteúdo apenas (13,6%) dos auxiliares, (14,7%) dos técnicos de enfermagem (8,1%) dos enfermeiros e (5,4%) dos médicos entrevistados conhecem a diretriz atual de HM preconizada pela OMS e ANVISA. Outro resultado se reportou as queixas sendo o ressecamento o mais mencionado (49,8%) seguida da viscosidade, da velocidade de secagem (p=0,001), ausência do produto e odor . A postura das chefias na ótica dos entrevistados representou a principal estratégia para promover a higiene das mãos, seguida do conhecimento e da vigilância dos órgãos competentes. No computo geral os profissionais estão satisfeitos (47,8%) quanto ao uso da preparação alcoólica, contudo 40,6% referem ausência do produto nas unidades em estudo. Diante dos resultados é possível inferir que a mudança do sistema é necessária, entretanto, a manutenção dessa mudança é ainda mais importante e baseia-se em apoio contínuo individual, coletivo e institucional.

ASSUNTO(S)

antisepsis antissepsia behavior comportamento cross infection equipe de enfermagem handwashing infecção hospitalar lavagem de mãos nursing team

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